Meirelles: a hora certa para fazer o certo
* Thiago Peixoto é economista e deputado estadual (PMDB)
Tenho plena convicção de que só é possível transformar nosso Estado e nosso País por meio da participação política. Sempre me posicionei de forma transparente e sincera. Este tipo de interação marca a ação política em que acredito e que defendo – e que pode transformar a política que temos na política de que precisamos.
Tenho a certeza de que se tivermos mais pessoas dispostas a promover essa mudança, maiores e mais rápidas serão essas transformações. Percebo que este não é um desejo isolado, mas sim uma demanda latente em todos os setores da sociedade.
É com este espírito que reconheço a importância da participação de novos agentes políticos aptos a promover políticas públicas realmente voltadas para os interesses coletivos. É nesta circunstância que o PMDB recebe hoje um filiado que, por onde passou, levou competência e atingiu os objetivos traçados – sejam estes na iniciativa privada ou no setor público.
Refiro-me a Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, um goiano que abdicou de uma carreira de sucesso em uma grande corporação mundial para se dedicar à vida pública – sua chegada fortalece o partido e engrandece a política goiana.
Atente-se para o fato de que ele ainda ocupa um cargo que representa possibilidades de muitos riscos. Lembremos que se num primeiro momento recebeu saraivada de críticas, sete anos depois ele é apontado como um dos maiores responsáveis pelo sucesso econômico brasileiro.
Não navego na calmaria das omissões. Minha travessia carrega as divergências de quem se posiciona. Como economista, já critiquei a política econômica liderada por Meirelles. Avalio que poderíamos ter taxas de juros mais baixas. Mesmo assim, reconheço o seu trabalho. Os resultados positivos estão aí e fazem parte da vida de todos os brasileiros que percebem, no seu dia-a-dia, o crescimento de sua renda. Outro exemplo: nunca tivemos uma taxa de desemprego tão pequena.
Além de reconhecer o seu bom trabalho, cabe ressaltar que nos encontramos na importância que damos à política como instrumento da modernidade e de avanços necessários.
Henrique Meirelles deve dar continuidade a sua trajetória de homem público e para isto é imprescindível sua filiação em um partido político. Alguns se perguntam se é a hora certa para uma opção partidária. Entendo que a hora é sempre certa para fazer o certo. Nesta hora, o certo é entrar no PMDB para continuar o seu trabalho na vida pública.
Filiação concretizada, Meirelles torna-se vítima em potencial de ataques daqueles que, ou convivem mal com o sucesso alheio, ou enxergam a política como um vale-tudo. Porém o mais novo peemedebista não tem interesse em atacar seu oponentes. Tem sim a disposição de atacar os problemas de Goiás e do Brasil.
Muitos também estão curiosos para saber qual cargo ele vai disputar nas próximas eleições. Não importa. Não que para nós esta resposta não seja relevante. É. Mas o que nos interessa agora é inserir este novo filiado na discussão de um projeto para Goiás. A forma como ele atuará dentro do partido e como se relacionará com a sociedade responderá a qual mandato eletivo Meirelles concorrerá.
Como um grande partido, o PMDB tem divergências. Somos um partido democrático e sabemos conviver com diferentes opiniões. E sempre caminhamos juntos nos grandes embates.
É este partido que dará sustentação a Meirelles durante sua vida pública. É com este goiano que vamos dividir nossa militância, nossa história de lutas e nossa capacidade de realização.
Em contrapartida, esperamos dele sua dedicação para construir um futuro juntos.