60 anos do Dieese
Por iniciativa da deputada Isaura Lemos (PCdoB), a Assembleia homenageou, em sessão especial realizada na noite desta terça-feira, 29, os 60 anos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese-GO).
Na ocasião, foi homenageada com a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira a servidora Leila Rezende Brito, que é supervisora técnica do Dieese-GO.
A mesa diretora dos trabalhos foi composta pela deputada Isaura Lemos, no exercício da presidência, juntamente com a assessora especial da Governadoria, Lamis Cosac, nesta ocasião representando o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Também ocupam a mesa a vereadora pelo município de Goiânia, Tatiana Lemos (PCdoB), nesta ocasião representando a Câmara Municipal de Goiânia; a homenageada Leila Rezende Brito; o coordenador técnico de relações sindicais do Dieese-GO, José Silvestre Prado Oliveira; o representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Goiás, Sérgio Gonçalves; o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Goiás (CUT-GO), Mauro Rubem (PT); o diretor da Força Sindical em Goiás, vereador Felisberto Tavares (PR); o diretor jurídico do Sindicato dos Bancários e da União Geral dos Trabalhadores em Goiás, Alfredo de Pádua; e o assessor parlamentar Wanderlei Correto, nesta ocasião representando o senador Wilder Morais (DEM).
Isaura Lemos disse, em seu discurso, que o trabalho da entidade sindical é importante para todos os trabalhadores no combate às perdas de benefícios conquistados ao longo dos anos pela classe. “Foi uma inovação na disponibilização de um serviço em prol dos trabalhadores. O Dieese ficou conhecido quando fiscalizou e denunciou a alteração do índice de inflação, por parte do Governo Federal, no período da ditadura”, declarou a deputada.
Para ela, a entidade tem contribuído de maneira significativa no debate em relação ao mercado de trabalho, conquistas adquiridas pela classe trabalhadora, políticas públicas, dentre outros temas relevantes para a sociedade.
Conforme a parlamentar, o Dieese é contra o capitalismo selvagem, o que bate de frente com os grandes grupos empresariais que detém o poder financeiro no país e explora a população ao pagar o mínimo como salário. “Fazendo da sociedade uma verdadeira escravidão assalariada”, encerrou Isaura Lemos.
A supervisora técnica do Dieese, Leila Rezende Brito, salientou, em seu discurso, a importância da atuação do órgão em prol da classe trabalhadora. Ainda destacou o quanto tem sido árdua a luta por melhorias salariais.
A homenageada ainda aproveitou o momento para agradecer o reconhecimento do Parlamento goiano em relação a atuação do Dieese no Estado de Goiás.
O membro do Dieese ainda aproveitou o momento para agradecer a homenagem prestada pelo Parlamento goiano ao órgão.
Em sequência, o representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Goiás, Sérgio Gonçalves, ocupou a tribuna para destacar a importância do Dieese no combate às perdas dos trabalhadores perante a inflação.
De acordo com Sérgio Gonçalves, os estudos do departamento são fundamentais para a classe trabalhadora conquistar suas melhorias salariais e ainda confrontar os dados apresentados pelos patrões nas mesas de negociações.
Baixos salários
O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Goiás (CUT-GO), Mauro Rubem (PT), disse que o maior problema existente no País é que os empresários não pagam o que os trabalhadores merecem. Para ele, os grandes empresários possuem o poder financeiro e não auxiliam no desenvolvimento da sociedade, por conta da alta exploração e o baixo salário da classe trabalhadora.
“Muita gente tem dois empregos porque o salário é baixo. Muita gente começa a trabalhar cedo porque não têm condições. Muita gente tem dificuldades financeiras porque o salário é insuficiente”, encerrou o ex-deputado.
Em sequência, o diretor da Força Sindical em Goiás, vereador pelo município de Goiânia, Felisberto Tavares (PR), destacou a importância do Dieese nos estudos e cálculos sobre as perdas salariais da classe trabalhadora.
Conforme Tavares, atualmente os sindicalistas vão até as mesas de negociação com dados e estudos que fundamentam as perdas salariais, o que aumenta a força da classe perante o poder financeiro dos empresários.
O diretor jurídico do Sindicato dos Bancários e da União Geral dos Trabalhadores em Goiás, Alfredo de Pádua, afirmou que há diversos problemas no sistema financeiro, principalmente o arrocho salarial, que em sua opinião motiva o subdesenvolvimento do País e da população.
“Quando o Dieese mostra por meio de cálculos e estudos que o salário mínimo para um brasileiro se sustentar seria de mais de três mil reais, e o Governo Federal não toma iniciativa, isso só demonstra que o nosso País vai continuar subdesenvolvido, pois a maioria da população brasileira recebe um salário menor”, declarou o jurista.