Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Helio de Sousa (DEM) hipotecou mais uma vez o apoio irrestrito dele à luta dos prefeitos pela autonomia financeira dos municípios. “Com certeza, essa mobilização dos prefeitos é justa e oportuna, haja vista que a tendência da situação de penúria por que passam os municípios, hoje, é a de piorar ainda mais devido à atual crise econômica”, frisou.

Além de Helio de Sousa, participaram efetivamente da mobilização dos prefeitos, realizada na Assembleia Legislativa, sob coordenação da Federação Goiana de Municípios (FGM) e Associação Goiana de Municípios (AGM), mais quatro deputados: Álvaro Guimarães (PR), Lincoln Tejota (PSD), Jean (PHS) e Valcenôr Braz (PTB). Todos eles hipotecaram apoio total às reivindicações dos municípios.

Os prefeitos, reunidos na Assembleia Legislativa, discursaram, enfatizando a crise por que passam os municípios. Divino Alexandre, prefeito de Panamá e presidente da FGM, destacou que “a mobilização dos prefeitos é extremamente importante, para conscientizarmos a população da situação em que se encontram os municípios, bem como para fortalecer nossa luta por uma distribuição mais justa da arrecadação tributária entre a União e os entes federados. E mais: também garantir que os municípios assumam somente aquilo que é de sua competência, possibilitando que os gestores consigam oferecer serviços públicos de qualidade aos cidadãos” afirmou.

Cleudes Bernardes (Baré), presidente da AGM, também enfatizou a importância da mobilização e parabenizou todos os municípios que contribuíram para o sucesso do evento. Além de lutar por reajuste no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que, segundo ele, o de 2015 é menor do que o recebido em 2014, os prefeitos querem acabar com a chamada Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), entre outras reivindicações.

“Essa CIDE foi criada para evitar as participações dos municípios no “bolo” da arrecadação dos impostos”, frisou. Baré enfatizou que 80% das prefeituras goianas estão com suas portas fechadas como protesto e como forma de mobilizar e conscientizar a população para as reais causas da crise “que, nada mais é, do que a concentração de recursos em poder da União”.

Logo após os discursos, os prefeitos e simpatizantes da causa deixaram as dependências da Assembleia Legislativa, em caminhada pelas principais ruas do Centro de Goiânia.