Depoente fala de supostos casos de abuso cometidos por policiais em Cavalcante
Durante o depoimento da coordenadora geral da Associação do Grupo de Mulheres Negras, Deusília Pereira da Cruz, ela apontou para supostos casos de exploração sexual de menores da comunidade Calunga de Cavalcante cometidos por policiais militares do município.
De acordo com ela, essas crianças teriam participado de festas promovidas na cidade, e teriam acabado sofrendo o assédio e que, também, há casos de relacionamento entre policiais militares e adolescentes.
Segundo ela, há um caso de exploração sexual de menor cuja inquérito não teve prosseguimento porque o policial denunciado veio a falecer.
A deputada Delegada Adriana Accorsi informou que esse caso não tem mais como ser reparado, mas que a Comissão vai acionar o comandante da Polícia Militar, Silvio Benedito Alves, e o secretário da Segurança Pública, Joaquim Mesquita, para que haja investigação dos policiais supostamente envolvidos nesses crimes. À pedido do presidente da Comissão, deputado Carlos Antônio (SD), os deputados membros aprovaram requerimento convidando o comandante a participar de oitiva da CPI.
Em resposta à coordenadora da Associação, a deputada Adriana Accorsi, que é vice-presidente da CPI, disse que uma das vítimas da comunidade quilombola tem recebido atendimento psicológico e que a Comissão tem realizado várias ações junto às autoridades para que casos de abuso sexual sejam devidamente investigados em Cavalcante. Ela informou também que o juiz Lucas Mendonça Lagares, da comarca da cidade, deve proferir, até o final do ano, a sentença deste e de outros casos envolvendo crianças quilombolas.