O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Helio de Sousa (DEM), fez um pronunciamento, em caráter extraordinário, da tribuna, onde saiu em defesa dos servidores e das ações de transparência realizadas pela Casa ao curso da atual Legislatura. Em discurso durante a sessão dessa quinta-feira, 8, o democrata afirmou que não há fantasmas na Casa e que o Parlamento não compra o silêncio de jornalista.

A manifestação do presidente reforçou as medidas adotadas pela Mesa Diretora para divulgação total das atividades e rotinas funcionais da Assembleia Legislativa, ao mesmo tempo que rebate uma série de denúncias publicadas por uma empresa de comunicação social em seus produtos jornalísticos. Helio de Sousa ressaltou o compromisso da Casa com a legalidade e a publicidade de seus atos, afirmando que o Parlamento é maior que os questionamentos efetuados pela imprensa.

De acordo com a reportagem citada pelo presidente, existiriam 20 servidores fantasmas na Assembleia, mas nada foi provado. “Dez jornalistas da empresa trabalharam de forma camuflada nas dependências da Casa. Do ponto de vista de audiência, a matéria foi um sucesso, porém deixou o povo goiano sem resposta em relação às denúncias apresentadas”, disse.

Helio de Sousa disse que o jornal atacou a imagem de todo o Parlamente goiano e, por isso, não poderia deixar de se posicionar. “A reportagem tentou destruir a vida de uma senhora. Ela foi humilhada e está processando o jornal. Outro servidor, que tinha acabado de assumir o cargo, foi exonerado. Um terceiro tem dez anos de trabalho. O deputado para quem ele trabalha não concorda com sua exoneração”, afirmou.

Helio de Sousa explicou que a empresa de comunicação só conseguiu mostrar estes três casos, mas, mesmo assim, a matéria colocou a Casa em situação difícil e ele vai ter que responder a denúncia ao Ministério Público e dar explicações a outros órgãos.

O livre acesso dos visitantes e a convivência harmoniosa deles com quem trabalha na Assembleia foi defendido por Helio de Sousa. “Não quero que isso aqui seja uma cadeia. Quero pedir aos servidores que quando estes jornalistas vierem aqui lhes deem flores. Eles podem e devem vir aqui. Camuflados ou não, serão bem-vindos”, disse.

Para o presidente, o servidor não faz nada de errado quando se retira momentaneamente do prédio da Assembleia. “As regras são embasadas em lei. Ninguém está proibido de sair para tomar um café e voltar. Um servidor comissionado pode e dever ir aonde for importante para o gabinete”, enfatizou.

Para Helio de Sousa, interesses econômicos podem estar motivando reportagens de um veículo de comunicação contra a Assembleia. “Com certeza, essa Casa não é respeitada por esta empresa, porque não divulgamos propaganda nela. Mas não vou comprar o silêncio dos jornalistas. É importante para mim e para minha família saber que eu tenho um currículo e sou capaz de enfrentar as urnas onde quer que seja. Os deputados todos têm família e devem ser respeitados. Vamos ser muito mais fortes e representativos do que muita gente pensa. Aqui há pessoas que vestem a camisa da Assembleia. Quero dizer a cada servidor que não tenha vergonha de usar o crachá da Assembleia Legislativa”, assinalou.

Agenda positiva

O presidente falou também sobre a importância de divulgar a agenda positiva da Casa, como o regime de trabalho, que é o único do País com três turnos. “A Assembleia trabalha em regime de Vapt Vupt, com início das atividades às 7 horas da manhã e término às 19 horas”, ressaltou.

O presidente falou também sobre as audiências públicas promovidas pela Casa, que têm atingido grande repercussão. Uma das últimas trouxe o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), além de deputados federais e senadores.

“Não temos medo de falar em fantasmas porque aqui não existem fantasmas. Aqui temos um grupo de pessoas que foram escolhidas pela população. Este Poder é muito maior do que qualquer um de nós, e, por isso, deve ser respeitado”, finalizou Helio de Sousa.

Veja aqui a íntegra do pronunciamento do presidente Helio de Sousa.