Violação de Direitos da Criança
Na manhã desta terça-feira, 3, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga Violação de Direitos de Criança e Adolescente, realizou na Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Goiás, a sua 9ª Reunião Extraordinária.
No encontro, a superintendente da Polícia Técnico-Científica, Rejane Senna Barcelos, recepcionou o presidente da comissão, deputado Carlos Antonio (SD), juntamente com a vice-presidente da CPI, deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) e a deputada relatora, Isaura Lemos (PCdoB).
A pauta de discussão da reunião foi relacionada ao repasse de informações que foram colhidas nas Audiências Públicas Regionais promovidas pela CPI com os conselheiros tutelares, para a Polícia Técnico-Científica. O objetivo principal é voltado em melhorar as condições de atendimento às vítimas de crimes contra crianças e adolescentes.
Para a superintendente, os principais problemas relacionados ao órgão à falta de efetivo, pois se trata de um trabalho feito em equipe com composição complexa. A diretora citou que na última terça-feira, tinham 25 corpos no Instituto Médico Legal (IML), o que causou atrasos nos trabalhos, pois ainda tinham crianças, adolescentes, idosos, presos e segurados do DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres).
“Em primeiro lugar, eu vejo a necessidade de se aumentar a quantidade de servidores efetivos. O tempo que a polícia científica leva na resposta de análise nas necropsias desses corpos é muito grande,” declarou Rejane.
A superintendente ainda comemorou a parceria firmada entre o órgão e a CPI, pois com essa colaboração pode contribuir com o aprimoramento dos serviços prestados.
Já para o deputado Carlos Antonio, a reunião também teve saldo positivo, por conta do respaldo da superintendente, e ainda se tratar de uma aproximação importante no combate aos crimes contra as crianças e adolescentes, de maneira especial, às vítimas de abuso sexual.
Para o parlamentar, a reunião já foi resultado concreto das Audiências Públicas Regionais, pois a pauta foi baseada nas informações colhidas junto aos conselheiros tutelares.
“A questão do atendimento prioritário nas sedes da Polícia Técnico-Científica das vítimas de abusos sexuais, tanto na capital quanto no interior, e, principalmente, a questão da privacidade durante a abordagem,” destacou o presidente da CPI, referindo-se aos dois principais itens discutidos na reunião.