A deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) declara que o principal motivador dos crimes na região de Cavalcante é o fato da impunidade absoluta aos autores dos crimes. Para a parlamentar, os habitantes chegam a afirmar que “para a gente não existe lei”, devido ao alto índice de casos e o baixo índice de penas aos criminosos.

“Considero importante ressaltar que a impunidade absoluta existente na região é o principal problema. O pessoal acha bom e normal, e ainda por não acontecer nada com os infratores. Tem casos de dois anos que os processos estão parados e os réus soltos”, desabafou a parlamentar.

A deputada ainda disse que há a necessidade de uma dura intervenção por parte do Poder Público, no sentido de cobrar todos os entes envolvidos e viabilizar as investigações e elucidações dos crimes. E ainda, julgar os processos que estão parados. Somente desta maneira os casos de crimes contra menores poderão ser combatidos, ressaltou Accorsi.

"Como pode funcionar sendo que nem delegado tem na cidade. Janeiro era um, em fevereiro era outro, já em março era outro. Agora não tem nenhum na cidade”, reclamou a deputada.

E ainda destacou ao final de sua fala sobre casos existentes na região de Cavalcante em que os infratores dão cabeças de gado aos pais das vítimas, como maneira de recompensar o dano causado e ainda motivar a retirada de queixas junto aos órgãos competentes.

As declarações foram dadas na 17ª reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violação de Direitos da Criança e Adolescente, que investiga casos de abusos e exploração sexual infantil, trabalho infantil e adoção irregular em Goiás. O evento é realizado na manhã desta quarta-feira, 4, no Auditório Solon Amaral da Assembleia Legislativa.