Audiência Pública
Autoridades debatem com moradores do setor Goiânia II o problema do mau cheiro na área que é proveniente do lançamentos de gases de esgoto e de resíduos industriais. A audiência pública está em andamento no Auditório Solon Amaral, na tarde desta sexta-feira, 6, conduzida pelo deputado Bruno Peixoto (PMDB).
Representantes da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, da Saneago e da Agência de Municipal de Meio Ambiente (AMMA) estão apresentando aos moradores o que tem sido feito para a resolução do problema.
“Este odor existe há décadas e vem causando problemas respiratórios, dores no estômago, náuseas. Queremos que o Poder Público olhe por nós, concluindo obras fiscalizando”, afirmou o representante da Associação dos Moradores do setor Goiânia II, Jurandir Rosa da Silva, que lamentou a ausência do Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Wilmar Rocha, e do alto escalão da Saneago no debate desta tarde.
De acordo com o gerente especial de Fiscalização, Monitoramento e Auditoria Ambiental, Vitor Barbosa Lenza Júnior, a Secretaria tem trabalhado esta questão em todo o Estado, mas que o foco do secretário Wilmar Rocha tem sido adequações na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Ele destacou a fiscalização em parceria com a AMMA e que a Saneago , responsável pela ETE, tem trabalhado para identificar o lançamento de esgoto clandestino, que é um dos agentes poluidores do ar e dos mananciais de abastecimento. Ele acrescentou que a empresa Cargill tem um sistema de tratamento de resíduos industriais que funciona a contento.
Já gerente de Tratamento de Esgoto de Goiânia, Luana Gonçalves, representante da Saneago, informou que o órgão está atuando em três frentes: para identificar se os gases tem origem na ETE, através de empresa especializada; a criação de cinturão verde para amenizar os odores; e a abertura, neste mês, de processo licitatório para ampliação de e modernização da unidade de tratamento de esgoto que funciona na Região Norte.
Para o gerente de Monitoramento Ambiental da Agência Municipal de Meio Ambiente, Gabriel Tenaglia Carneiro, a Agência tem sido, injustamente, apontada como a grande vilã pelos moradores da região, mas que está atuando dentro das suas prerrogativas. O gerente disse que a AMMA está dando celeridade aos assuntos relacionados à Saneago, que já solicitou da ETE e da Cargill um estudo da emissão de gases e de sua concentração, e que está realizando um cadastramento dos lançamentos clandestinos em galeria pluvial, que já identificou 200 residências em situação irregular. Ele explicou que a função da AMMA é criar diretrizes para minimizar os impactos da emissão de gases de esgoto e de resíduos industriais.
Ao final do debate, o deputado Bruno Peixoto informou que, junto com a assessoria jurídica da Comissão de Serviços e Obras Públicas, vai trabalhar numa peça para ajuizar uma ação civil pública contra o Estado e a Cargill. Ele informou que nesta, sexta-feira, 6, das 8 às 17 horas, a assessoria jurídica estará a disposição, na Assembleia Legislativa, para colher procurações daqueles que se interessarem em entrar com processo de indenização.