Assembleia sedia Fórum do Setor Energético nesta sexta-feira, 13
O 1° Fórum de Discussão Permanente do Setor Energético em Goiás terá sua cerimônia de abertura nesta sexta-feira, 13, na Assembleia Legislativa. O evento é uma iniciativa do deputado Simeyzon Silveira (PSC), que apresentou a proposta no ano de 2014, enquanto presidente da Comissão de Minas e Energia da Casa. Atualmente, o parlamentar também ocupa a sua presidência e, portanto, deverá dirigir todas as reuniões da conferência, a qual possui caráter contínuo e plural.
Este primeiro encontro terá lugar no Auditório Costa Lima, com início às 8 horas. Para a ocasião está confirmada a presença do diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia (como palestrante principal), e do presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal, deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG).
Representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de Goiânia, de entidades fiscalizadoras, do setor produtivo, de instituições de ensino e pesquisa e da sociedade civil também deverão comparecer. Dentre elas, as seguintes: Conselhos Temáticos de Infraestrutura da Celg; Celg D; CelgPar; Eletrobrás; MP-GO; Fieg; CDL; Faeg; Acieg; Stiueg; Sindilojas, FCO, Caixa Econômica Federal, UFG, IFG e PUC-GO.
De acordo com Simeyzon, o objetivo é debater a questão energética visando a sua forma sustentável e como um investimento viável para o Estado e a população, já que o setor se encontra em crise e precisa ser debatido. “A intenção é discutir não apenas as alternativas às fontes tradicionais, mas, sobretudo, analisar a realidade do Estado e a disponibilização de políticas públicas que tirem essas estratégias do papel”. Segundo ele, as reuniões também darão base para que as demandas de energia em Goiás sejam analisadas.
Novas matrizes energéticas
Simeyzon defende que o Brasil busque, com urgência, por novas tecnologias limpas, renováveis e vantajosas. Conforme o deputado, existe um consenso, não apenas no Brasil, mas no mundo, de que a futura demanda por energia só será garantida por fontes alternativas à hidrelétrica. “Atualmente, no País, há pouco investimento no aproveitamento de fontes alternativas de energia, o que encarece o produto e penaliza os consumidores”, enfatiza.
Nesta perspectiva, o parlamentar almeja que Goiás avance nas discussões e na geração de políticas públicas para viabilizar a vinda de usinas de energia fotovoltaica (energia elétrica produzida a partir da luz solar). Ele explica que o Estado tem uma enorme capacidade de produção, pois possui a segunda maior incidência solar do País.
A exemplo, Simeyzon destaca que, em 2017, este tipo de energia deverá ser implementada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) em um dos seus campi. Ele diz que a instituição poderá compartilhar experiência com os demais membros do Fórum e que “a considera um referencial importante na busca de novos modelos energéticos para o Estado”. Neste primeiro encontro, a unidade de ensino deverá ser representada pelo reitor Wolmir Amado.
Para o deputado, a crise de energia e o risco de racionamento no Brasil abrem espaço para investimentos em outras produções energéticas. A modelo, ele cita o setor sucroenergético (produção de açúcar + álcool), o qual tem de tudo para ampliar, no próximo ano, o segmento de cogeração, aquele em que a biomassa (bagaço de cana) é utilizada para produzir eletricidade.
Outra fonte de energia elétrica bastante viável e que precisa ser discutida, segundo ele, seria o lixo. Simeyzon considera que é preciso tornar público os meios de acesso a novas alternativas de produção de energia renovável, como a eólica, solar e biomassa. A expectativa, segundo ele, é de que essas fontes atendam a, pelos menos, 15% do consumo anual de energia elétrica no País, até o ano de 2030.