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Queda de energia da Celg

10 de Dezembro de 2015 às 16:30
Por iniciativa do deputado José Nelto, Assembleia realiza audiência para cobrar da Celg um plano emergencial no período chuvoso.

A Assembleia Legislativa de Goiás, por meio de propositura do deputado José Nelto (PMDB), realizou na manhã desta quinta-feira, 10, no Auditório Solon Amaral, uma audiência pública para discutir a elaboração de um plano emergencial da Celg D no período chuvoso.

A mesa diretora dos trabalhos foi composta pelo vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, deputado José Nelto, juntamente com o diretor de distribuição da Celg D, Francisco de Assis Soares.

Também participaram da reunião representantes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon-GO), do Procon – Goiás, Procon - Goiânia, da Federação das Indústrias, da Federação da Agricultura e Pecuária, da Agência Goiana de Regulação (AGR), Fecomércio e representantes da sociedade civil.

No discurso de abertura do evento, o deputado José Nelto declarou que o motivo da promoção da audiência foi resultado do recebimento de diversas denúncias feitas por parte dos consumidores dos serviços da Celg. "Reclamações estas, em sua maioria, relacionadas a falta de energia elétrica na Capital e também no interior do Estado", adiantou.

De acordo com o parlamentar, moradores da cidade de Goiás relataram a falta de energia elétrica por até 4 dias consecutivos, o que ele considerou como descaso por parte da Companhia.

Após o discurso de abertura dos trabalhos, o deputado concedeu a palavra para o diretor da Celg apresentar as ações e dados da empresa. Francisco de Assis Soares iniciou sua explanação com a apresentação de informações técnicas, justificando aos consumidores os problemas ocasionados.

“O excesso de chuvas em 2015 foi maior que nos anos anteriores. As descargas elétricas comprometem os equipamentos. Muitas vezes tratores passam por cima de fios, derrubam postes, ocasionando a falta de energia por um longo período na zona rural”, explicou Francisco Soares.

O diretor explicou que o tempo médio de atendimento para cada ocorrência no ano de 2015 está mais demorado devido a eventos mais severos nos períodos chuvosos. De acordo com Francisco, em virtude desses problemas, a empresa trabalha no formação de mais 100 equipes leves e 12 equipes pesadas para atendimentos graves.

O membro da diretoria da Celg ainda argumentou que equipes multidisciplinares estão sendo formadas de maneira descentralizada, que também trabalharão no sentido de reduzir o tempo de atendimento das demandas.

O executivo da Companhia ainda sugeriu a criação de redes subterrâneas, pois o sistema é mais eficaz, mas lamentou os custos necessários para a viabilização da infraestrutura. Segundo ele, o custo estimado é cinco vezes maior que a rede aérea, atual modelo adotado pela empresa.

O diretor encerrou sua fala apresentando a previsão de investimento de aproximadamente R$ 300 milhões, que serão destinados para sanar os principais problemas e carências existentes no abastecimento de energia elétrica.

Após as apresentações de Francisco Soares, o deputado José Nelto apresentou as principais demandas enviadas pelos telespectadores. Em sequência, a assessora geral do Procon – Goiás, Rosânia Nunes contestou os dados demonstrados pelo diretor da Celg e ainda ressaltou que apenas em 2015 foram mais de 900 reclamações registradas no órgão fiscalizador.

“O Procon – Goiás registrou um aumento significativo do número de reclamações dos usuários da Celg. Principalmente a queda de energia, cobranças indevidas nas faturas. O aumento das taxas de serviço da Celg é outro gargalo e recebemos registros diariamente dos usuários”, declarou.

Já de acordo com o representante da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Cristiano Palavro, a falta de suporte da companhia no interior do Estado, principalmente em relação aos produtores rurais, tem sido a maior preocupação da entidade.

Conforme o representante da Faeg, os produtores tiveram milhares de litros de leite perdidos por conta da ausência de energia elétrica por até quatro dias. Para Cristiano, os produtores rurais devem ter melhor assistência em suas demandas, pois a produção rural é o coração da economia goiana.

Logo em seguida o diretor da Celg argumentou que ações serão tomadas no sentido de minimizar as carências dos produtores rurais, empresas e também da população.

Já no encerramento da reunião, o deputado José Nelto declarou que essas ações de prevenção são de extrema importância, por estarmos em período chuvoso, e que a sociedade precisa saber se a Celg está preparada para atender as demandas.

“É inadmissível uma propriedade rural ou um bairro de Goiânia ficar quatro dias sem energia elétrica e ainda com prejuízo. Então nós cobramos da Celg que tenha um Comitê de Crise para atender essas demandas”, encerrou o líder do PMDB no Parlamento goiano. 

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