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Juíza critica irregularidades na adoção de crianças no Brasil

17 de Fevereiro de 2016 às 09:55

O deputado Carlos Antonio (SD), presidente da Comissão da Criança e Adolescente, abre o momento para oitivas dos participantes na 23ª reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violação de Direitos da Criança e do Adolescente, que investiga casos de abuso e exploração sexual, trabalho infantil e adoção irregular.

A primeira participação é da 1ª juíza auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça de Goiás, Maria Socorro de Souza Afonso da Silva. Ele disse que a adoção irregular tornou-se algo comum no Estado de Goiás. “Apesar de as leis já terem normatizado o sistema de adoção, há muitos casos de adoção à brasileira, nos quais pessoas não habilitadas, que não estão nas filas devidamente legalizadas perante a lei, conseguem adotar crianças de maneira irregular”, declarou.

De acordo com a integrante do TJ-GO, existem no Brasil cerca de 25 mil famílias devidamente habilitadas aguardando na fila de espera por uma criança no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Ela explica também que existem cerca de 5 mil crianças no cadastro nacional que estão aguardando adoção.

Maria Socorro encerrou a sua fala lamentando que cerca de 70% destas crianças têm mais de 6 anos, idade que já ultrapassa a faixa etária mais buscada pelos casais brasileiros.

O evento é realizado na manhã desta quarta-feira, 17, no Auditório Solon Amaral da Casa de Leis.

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