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Juiz sugere a adoção dirigida na CPI da Violação de Direitos da Criança

17 de Fevereiro de 2016 às 10:32

O juiz substituto em 2º grau da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás, Maurício Porfírio Rosa, fala neste momento na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casos de abusos contra crianças e adolescentes em Goiás. A sessão está tratando especificamente dos problemas de adoção e o magistrado destaca os direitos da reprodução e da proteção, afirmando que são pertinentes ao ser humano no universo da sociedade civil.

“Pai e mãe não é o que reproduz. Pai e mãe não se trata de gênero e sim de função social. O gene dos reprodutores não se trata de patrimônio genético, e sim de algo pertinente da espécie humana para perpetuar a diversidade biológica. Paternidade e maternidade não são aspectos biológicos e sim relacionados a quem acolhe, dá carinho e cuida”, argumentou o jurista.

Maurício Porfírio também se referiu ao atual modelo de adoção, pois, de acordo com ele, a fila de espera aumentou e os índices de adoção caíram. Por isso, defende o sistema de adoção dirigida, de maneira cuidadosa e legalizada, para que as crianças não fiquem por tanto tempo nas filas aguardando a adoção.

Maurício Porfírio encerrou sua fala afirmando que a sociedade não pode deixar de se indignar com os problemas sociais, mas que estas questões não podem inibir o bom andamento dessa mesma sociedade.

O evento é realizado na manhã desta quarta-feira, 17, no Auditório Solon Amaral da Casa de Leis.

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