Iniciadas as oitivas na CPI da Violação de Direitos da Criança
A Gerente do Sistema Socioeducativo do Grupo Executivo de Apoio a Criança e Adolescentes (Gecria), Bruna Facco de Mello é a primeira integrante a depor na 25ª reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violação de Direitos da Criança e do Adolescente, que investiga casos de abuso sexual, exploração do trabalho infantil e adoção irregular no Estado.
De acordo com a gerente, o Gecria trabalha conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. Questionada sobre a denúncia de que os menores usam apenas cuecas dentro dos abrigos, Bruna disse que não tem essa informação. Conforme a gestora, o conhecimento da instituição é de que o uso de cuecas é obrigado apenas durante as revistas.
Bruna Facco informou que, diante destas denúncias, medidas serão tomadas no sentido de averiguar esse tipo de situação. Outra questão abordada por Bruna Mello foi referente a acomodação de menores de diferentes idades no mesmo ambiente, o que ocasiona um sistema de hierarquia de faixa etária dos internos. Desta maneira, os mais jovens sofrem exploração por parte dos mais velhos. A gerente do Gecria se dispôs a elaborar mecanismos para cobrar as direções dos abrigos no sentido de inibir esses casos.
Também participam da reunião diversos representantes dos abrigos para menores situados no Estado de Goiás, dentre eles estão: Centro de Atendimento de Formosa (CASE); Centro de Atendimento de Goiânia (CASE); Centro de Internação Provisória de Goiânia (CIP); Centro de Internação para Adolescentes de Goiânia (CIA), e Centro de Atendimento de Luziânia (CASE).
Conforme os relatos dos representantes, existem casos de superlotação nas unidades, ameaças de grupos criminosos aos internos e seus familiares, suspeitas de abusos sexuais e violência entre internos.
As declarações foram dadas no evento que é realizado na manhã desta quarta-feira, 9, no Auditório Solon Amaral da Casa de Leis.