Sindicalistas se posicionaram contrários ao projeto de terceirização durante audiência
Durante audiência pública que acontece essa tarde na Assembleia Legislativa, os sindicalistas presentes se posicionaram contrários ao Projeto de Lei Complementar 30/15 que trata da terceirização de serviços e que está em apreciação no Senado Federal.
João Domingos, presidente da Confederação de Servidores Públicos do Brasil (CSPB), enalteceu a postura do senador Paulo Paim (PT-RS), relator do PLC 30/2015, que dispõe sobre a regulamentação de contratos de terceirização. Para João, o senador é o líder dos trabalhadores no Congresso.
Graça Costa, Secretária de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e representante do Fórum em defesa dos trabalhadores ameaçados pela terceirização, caracterizou o projeto como retrógrado e aproveitou o momento para destacar a igualde de gênero nos cargos da CUT.
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), disse que o único objetivo dos defensores do projeto é reduzir custos e, consequentemente, gerar lucro, mas sem pensar nos direitos dos trabalhadores. De acordo com ele, não há cor partidária ou ideológica nessa luta, que é exclusivamente em benefício da classe trabalhadora.
Ailma Maria de Oliveira, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), criticou o eventual risco de quarteirização, caso o projeto seja aprovado, o que propiciaria o trabalho escravo. “As mulheres brasileiras não merecem ser escravizadas”, frisou.
Jacqueline Carrijo, representante do Sindicato Nacional dos Auditores do Trabalho (SINAIT), reafirmou a importância de discutir o tema da terceirização, que, segundo ela, é rotineiramente abordado entre os auditores. “Se a terceirização fosse boa, ninguém estaria aqui”, salientou.