Mudanças nas bancadas
A composição da Assembleia Legislativa de Goiás mudou. A Emenda Constitucional 113/15 permitiu que entre 18 de fevereiro e 19 de março qualquer político eleito no Brasil trocasse de legenda, sem risco de ser cassado por infidelidade partidária. Resguardados pela janela de 30 dias, nove deputados estaduais goianos se filiaram a novos partidos e um, Diego Sorgatto (ex-Rede), ainda não definiu para qual sigla vai migrar.
O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, se desfiliou do Democratas, sigla na qual esteve por 30 anos, para entrar para o PSDB. O parlamentar declarou ter saído do DEM por uma questão de coerência. “Seria constrangedor e ruim para a minha personalidade política ter de conviver com aqueles que historicamente foram meus adversários”, declarou o presidente, se referindo à recente aproximação do Democratas goiano com o PMDB e com o PT.
Carlos Antonio, antes filiado ao Solidariedade, também entrou para o ninho tucano. A mudança se fez necessária para que o parlamentar pudesse ser o candidato apoiado pelo Governo do Estado ao cargo de prefeito da cidade de Anápolis. Talles Barreto, ex-PTB, e Francisco Oliveira, ex-PHS, completam o novo time do PSDB.
Com 11 deputados estaduais filiados, o PSDB cresce ainda mais na Casa e consolida-se como detentor da maior bancada. Esvaziados, o Solidariedade (SD), o PMB, o Rede e o Democratas (DEM) tiveram suas bancadas extintas. As bancadas que não foram alteradas são as do PSL (2), Pros (1), PRP (1), PCdoB (1), PMN (1), PRTB (1) e PSC (1).
As bancadas do PR e do PMDB também receberam reforços. Dr. Antonio, que era filiado ao novo Partido da Mulher Brasileira (PMB), entrou para o PR. Renato de Castro, antes petista, agora faz parte do PMDB. Com sua saída, a bancada do PT diminui, contando agora com três deputados: Delegada Adriana Accorsi, Luis Cesar Bueno e Humberto Aidar.
O PTB também perdeu dois integrantes: Marlúcio Pereira se filiou ao PSB para viabilizar sua candidatura à Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Lissauer Vieira, ex-Rede Sustentabilidade, legenda que carregou por apenas seis meses, também compõe a nova bancada do PSB, que até então não tinha representantes nessa Legislatura.
Virmondes Cruvinel, antes integrante do PSD, filiou-se ao PPS, criando outra nova bancada. O parlamentar confessou que estava se sentindo constrangido em ser membro de uma sigla que apoia o Governo Federal. “Meu novo partido tem ideias e representantes que admiro, como o senador Cristovam Buarque (DF)”, declarou.
Devidamente notificada das mudanças, a Diretoria Parlamentar trabalha para calcular a nova proporcionalidade partidária. Ela deve ser divulgada até o dia 1º de abril, juntamente com as mudanças no placar eletrônico do Plenário.
As bancadas alteradas:
PSDB - De 7 passou para 11;
PMDB - De 5 agora tem 6;
PR - De 2 passa a ter agora 3;
PT - De 4, reduziu para 3;
PTB - De 5, agora são 3;
PSB - Não existia, agora tem 2 deputados;
PSD - De 3, reduziu para 2;
PHS - Elegeu 2, agora tem apenas 1;
PPS - Não elegeu ninguém, agora tem um membro em sua bancada.