Privatização da Celg movimenta sessão dessa terça-feira, 29
Funcionários da Celg contrários à privatização da empresa lotam a galeria da Assembleia Legislativa na tarde dessa terça-feira, 29. Eles estão presentes para acompanhar a votação do projeto de lei nº 667/16, que autoriza o Governo do Estado a assumir financiamento de mais de dois bilhões de reais realizado pela Companhia Celg de Participações junto à Caixa Econômica Federal.
Apesar de ter entrado em pauta, essa propositura não foi votada. Ao ser emendada pelo líder do governo, José Vitti (PSDB), o PL nº 667/16 voltou para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ). Contrários à aprovação da matéria, os deputados de oposição subiram à tribuna para se manifestar, mesmo sem haver possibilidade de votar. Para tanto, eles utilizaram o espaço de discussão da matéria nº 603/16, que autoriza o Poder Executivo, por meio do Detran, a conceder determinado serviço público por 30 anos.
Adib Elias (PMDB) declarou que “se o governo é inteligente para fazer emendas para esse projeto não ser debatido hoje, nós também somos inteligentes para usar de artifícios para falar da Celg mesmo assim”.
Humberto Aidar afirmou: “Eu estava aqui nesta tribuna quando venderam Cachoeira Dourada. Me posicionei contra. Ao longo dos anos, vários ladrões, várias personalidades dilapidaram a maior empresa do Estado de Goiás. Se fosse colocar todos que roubaram da Celg no presídio aqui em Goiás seria superlotação. Ao longo da história, muitos foram os políticos que se elegeram distribuindo caminhões e caminhões de padrões de energia”, enfatizou Humberto.
Aidar sugeriu que a administração da empresa seja transferida para seus funcionários. “Não tem ninguém que conhece mais a Celg do que o servidor da Celg. Família Celg nunca foi ouvida em nenhuma decisão tomada pela companhia”, disse.