A deputada Isaura Lemos (PCdoB), única oradora do Pequeno Expediente da tarde desta quinta-feira, 31, usou a tribuna para lembrar que há 52 anos o Brasil era tomado por um golpe militar e, segundo ela é preciso registrar o momento para que jamais o País volte a viver situação semelhante.

Ela relatou experiência própria dos anos de Ditadura. "Aos 14 anos de idade, em 1968, participei de uma passeata na cidade de Campinas (SP), onde morava, em protesto pela morte de um estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assassinado por reivindicar a diminuição do valor da marmita servida no restaurante universitário", contou.

Isaura disse que em 1972, quando era estudante de psicologia, teve de parar com o estudo para seguir para a guerrilha, onde trabalhou como camponesa, para livrar-se da perseguição dos militares. No discurso, ela comemorou a anistia em 1982 conseguida através da luta da sociedade civil organizada, que culminou com avanços seguidos, chegando-se às diretas já em 1986.

Mas para Isaura, "existe hoje no País uma tentativa de um novo golpe travestido nas articulações para impeachmar a presidente Dilma Rousseff. Dilma teve 54 milhões de votos. É preciso reconhecer isso. Golpe nunca mais”, enfatizou.