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Plenário aprova projeto que autoriza assunção de financiamento da Celg

31 de Março de 2016 às 16:28

Sob gritos e vaias de servidores da Celg presentes nas galerias do Plenário Getulino Artiaga, o projeto de lei nº 667/16, de autoria da Governadoria do Estado, foi aprovado em primeira votação, com os votos contrários de Ernesto Roller (PMDB), Bruno Peixoto (PMDB), Renato de Castro (PMDB), Adib Elias (PMDB), Adriana Accorsi (PT), Major Araújo (PRP), Humberto Aidar (PT) e Isaura Lemos (PCdoB).

A matéria, bastante debatida em Plenário e nas Comissões pelas quais passou, autoriza o Poder Executivo a assumir financiamento no valor de 2,4 bilhões de reais realizado pela Companhia Celg de Participações (Celgpar) junto à Caixa Econômica Federal. Assumindo o empréstimo, com juros aplicados de 6,8% ao ano e prazo de até 15 anos, o Estado espera facilitar a comercialização da Companhia de Distribuição (Celg-D).

Primeiro a discutir a matéria, o deputado Ernesto Roller (PMDB), declaradamente contrário à aprovação da mesma, apresentou fatos cronológicos, iniciados em 2003, que, de acordo com ele, provariam a decisão errônea do Governo do Estado em assumir a dívida da Companhia.

“O governo de Marconi Perillo (PSDB) fez um acordo com seu vice, na época presidente da Celg, aceitando receber um valor menor que o previamente combinado com o Governo federal no governo Alcides, e abrindo mão da titularidade da maioria das ações da Celg”, afirmou Roller, que classificou a decisão como um crime contra o patrimônio dos goianos, que deveria ser enquadrado como improbidade administrativa e punido pelos órgãos de controle.

Humberto Aidar (PT), também subiu à tribuna, em nome de sua bancada, para se manifestar contrário à aprovação da propositura. Ele discorreu sobre a venda de Cachoeira Dourada, sobre a importância da opinião dos servidores contrários e afirmou que a empresa teria total condição de dar lucro ao Estado.

Major Araújo (PRP), chamou os servidores da Celg presentes na sessão de “guerreiros”, e declarou esperar que a luta não seja em vão. O deputado criticou duramente o Governo do Estado pela condução das negociações na questão da Celg.

Em apartes, a Delegada Adriana Accorsi (PT) esclareceu, como líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, que a bancada está ao lado do povo goiano independentemente da posição do Governo Federal sobre esse projeto.

Renato de Castro (PMDB) disse para os favoráveis à matéria tomarem cuidado ao votar na presença dos manifestantes e Bruno Peixoto declarou que os colegas que aprovarem a matéria serão lembrados como “coveiros da Celg”.

Adib Elias (PMDB), com o Regimento Interno em mãos, pediu que a votação da matéria em debate fosse nominal, e não somente simbólica, com marcação de contrários e favoráveis no placar eletrônico, mas sua solicitação foi derrubada pelos presentes. 

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