Deputados de oposição manifestam contra projeto da Celg
Neste momento o plenário vota o processo 667/16, que autoriza o Poder Executivo a proceder à assunção do financiamento da companhia Celg de Participações (Celgpar), realizado junto à Caixa Econômica Federal, formalizado pelo contrato n° 0412.113-76/2014, no qual o Estado de Goiás é garantidor.
Durante discussão da matéria, o deputado José Nelto se manifestou contra a aprovação da matéria. “A bancada do PMDB está aqui protestando porque a Celg está sendo entregue por 900 milhões. Com sua privatização, mil servidores serão colocados na rua. Este governo não pensa mais nos servidores. Quer o fim até da estabilidade. Algo que está garantido pela Constituição Federal”, criticou o parlamentar.
José Nelto também criticou o governo por ter anunciado realização de concurso que iria contratar policiais militares por R$ 1,25 mil reais.
O deputado Major Araújo (PRP) afirmou que Celg vai ser adquirida por parentes da senadora Lúcia Vânia (PSB) e conclamou os participantes do Stiueg, o sindicato que representa os servidores da companhia energética a se organizaram mais para atuar de forma mais efetiva no Legislativo goiano.
Ernesto Roller (PMDB) considerou irresponsabilidade a transferência da Celg para o setor privado. Para ele, o povo será prejudicado com a assunção da dívida da Celg pelo Governo. "O prejuízo será pago pelo povo", destacou para em seguida criticar os deputados da situação que, segundo ele, se mantém "silentes diante da situação".
Isaura Lemos (PCdoB) lembrou que a Celg foi destruída pela ação sucessiva de vários governos, incluindo o do PMDB, que vendeu a usina de Cachoeira Dourada, fazendo com que a companhia energética passasse a comprar energia por um valor mais alto do que produzia.“Lamentamos por não ter conseguido sensibilizar os deputados. A questão não é partidária. Os representantes do povo estão aqui nesta Casa. O PCdoB vai cumprir o papel de defesa do povo goiano e votar não à venda da Celg”, disse.
Durante encaminhamento de voto, a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) afirmou que seu partido era contra o projeto, por, entre outros motivos, considerar que vai contra direitos dos trabalhadores.