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Convidados depõem na CPI do Transporte Intermunicipal

11 de Abril de 2016 às 16:15

O deputado Bruno Peixoto (PMDB) levou à reunião da CPI do Transporte Intermunicipal quatro personalidades ligadas ao transporte de passageiros interestadual. O primeiro a ser ouvido foi Edilson Oliveira Rodrigues, proprietário da empresa Carajá Transportes.

O empresário disse ter vindo até a Assembleia Legislativa para denunciar uma perseguição que ele e que colegas considerados clandestinos estariam sofrendo. “Estamos sendo vistos como bandidos pelas autoridades e pela imprensa”, reclamou Edilson, que afirmou que apesar de ter conseguido liminar judicial para rodar, ainda é tratado como clandestino pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em fiscalizações com escolta de policiais militares.

Talles Barreto (PSDB), relator da CPI, compreendeu a denúncia, mas declarou que o problema não estaria na alçada dos trabalhos. “O senhor Edilson realiza transporte interestadual de passageiros, e aqui fiscalizamos o transporte intermunicipal. O primeiro é fiscalizado pela ANTT, o segundo pela AGR”.

Júlio da Retífica (PSDB) e Santana Gomes (PSL) pediram para que o empresário ouvido procure uma delegacia ou outro órgão competente para formalizar a denúncia. “O que o senhor falar aqui tem que ser provado. Cuidado para não se prejudicar com sua fala. O senhor fez denúncias contra o Governador, disse que paga propina para policial para poder circular, e isso é muito grave”, afirmou Júlio da Retífica.

José Gomes da Silva, proprietário da empresa Transporte Brasil, em uma fala breve, disse não ter como trabalhar e sustentar sua família, por transportar passageiros interestadualmente, com ônibus considerados clandestinos. “A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nos multa, apreende nossos veículos. Queremos rodar na legalidade, mas não sabemos o que fazer”, declarou.

Em resposta, o deputado Talles Barreto (PSDB), relator da Comissão, pediu para que o foco de investigação não seja modificado, mas afirmou que entrará em contato com a ANTT para tentar ajudar os pequenos empresários que rodam clandestinamente. “Tentaremos resolver essa situação da melhor forma”, finalizou.

A empresária do ramo de transportes, Francisca Rosimar da Costa solicitou ajuda dos deputados para continuar trabalhando. Ela afirmou que está havendo perseguição ao seu segmento, com fiscalização rigorosa e aplicação de multas pesadas. Explicou que costumava trazer a Goiânia cinco ônibus de compradores de roupas de outros Estados por fim de semana, mas agora está impedida de trabalhar. “Agora estou levando os clientes para Pernambuco, pois lá é mais fácil. Não sou contra a fiscalização. Estou apenas pedindo pelas pequenas empresas, pois nossa situação é de penúria. Eu que tinha cinco ônibus, agora tenho apenas dois”, disse.

O presidente Humberto Aidar (PT) afirmou que a Assembleia tem interesse em ajudar e frisou que toda a avenida Bernardo Sayão está parada, numa situação bem diferente de alguns anos, quando se via 500 ônibus de compradores em apenas um fim de semana. 

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