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Projeto que cria Soldado de 3ª Classe é aprovado em primeira votação

13 de Abril de 2016 às 16:15

De autoria da Governadoria do Estado, o processo nº 884/16 foi aprovado em primeira fase na sessão ordinária dessa quarta-feira, 13, apesar de a oposição ao governo de Marconi Perillo (PSDB) ter tentado esvaziar o plenário para impedir a votação.

O projeto de lei cria, na estrutura da Polícia Militar de Goiás e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, a graduação de “Soldado de 3ª Classe”, com remuneração mensal de 1.500 reais.

Ao discutir a matéria, Ernesto Roller (PMDB) disse que Governo do Estado está praticando atos de violência contra os policiais militares ao oferecer remuneração tão baixa. O deputado ainda declarou que a Assembleia Legislativa não pode legitimar o que ele considera uma “política de improviso” e que deve respeitar os servidores públicos, que são os cidadãos que executam as ações do Estado.

A Delegada Adriana Accorsi (PT) também subiu à tribuna para criticar o projeto. Ela considerou a iminente aprovação da matéria “lamentável” e comparou a remuneração oferecida aos soldados de 3ª classe ao salário pago aos estagiários da Casa. “Essas pessoas passam seus dias e noites arriscando a vida por nós, por isso o mínimo que merecem é um salário mais digno”, finalizou a parlamentar, que sugeriu a derrubada da lei, se aprovada e sancionada, pelo Poder Judiciário.

Major Araújo (PRP) cobrou a convocação dos aprovados no cadastro reserva do último concurso da PM e declarou que sabe que eles não são chamados, porque o Governo do Estado não gostaria de arcar com a remuneração inicial de mais de 4 mil reais. “O novo salário para o novo concurso, de 1.500 reais, só trará efeitos negativos. O valor é uma esmola para quem tem a missão de defender a sociedade”, expôs o deputado, que ainda criticou outras ações de Marconi Perillo que, segundo ele, teriam acabado com direitos do servidor público goiano.

Por acreditar que que o projeto de lei é desrespeitoso com a categoria, Bruno Peixoto (PMDB) ameaçou, na tribuna, coordenar o esvaziamento do Plenário para impedir a votação da matéria. Ele ainda anunciou fazer um pedido para que os novos concursos só sejam realizados após o chamamento dos aprovados no cadastro reserva do certame passado. 

No total, nove deputados se manifestaram contrários à propositura, que apesar de aprovada recebeu os votos contrários de Ernesto Roller (PMDB), Bruno Peixoto (PMDB), Renato de Castro (PMDB), Adriana Accorsi (PT), Major Araújo (PRP), Humberto Aidar (PT), Paulo Cezar Martins (PMDB) e Isaura Lemos (PCdoB). 

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