A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás esteve na manhã desta quinta-feira, 14, no Hospital Materno Infantil (HMI), de Goiânia. A unidade é administrada pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH) desde julho de 2012, e é referência estadual em atendimento de casos de média e alta complexidade nas áreas da saúde da mulher e da criança.

Parte do corpo administrativo do hospital acompanhou o presidente da Comissão, deputado Gustavo Sebba (PSDB), na visita técnica: a diretora administrativa, Mara Rubia de Souza, a diretora-geral, Fabiana Negri, a diretora técnica, Sara Gardênia Fausto, e a diretora regional do IGH, Rita de Cássia Leal.

O deputado foi informado de que com a vinda da organização social para o Materno foram realizadas reformas físicas na unidade, como na UTI pediátrica, no pronto socorro pediátrico e também na recepção, de forma a atender às normas de segurança e do Corpo de Bombeiros.

Segundo a diretora Sara Gardênia, o Materno realiza atendimento de acordo com a análise de risco. Ela explicou que, no entanto, os corredores muitas vezes ficam lotados de casos que não são graves e que poderiam ser atendidos nos Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais). “Mas as pessoas preferem esperar e receber o atendimento na unidade estadual devido à precariedade da rede municipal.”

A diretora Rita Leal disse que as adaptações feitas na unidade não significam ampliação do número de leitos. “Devido à desorganização da rede assistencial do município, o Materno Infantil acaba absorvendo os casos e ocasiona a superlotação de pediatria e obstetrícia.”

Rita avalia que a rede de saúde precisa se organizar melhor para atender a demanda do paciente certo, no lugar certo, na hora certa. Ela enalteceu a qualidade dos profissionais que ali atuam. “Se o Materno consegue oferecer esse atendimento é graças aos profissionais. É difícil estarmos preparados para a superlotação e a equipe pode ficar desfalcada, mas não para aquilo que ela se propõe”, salientou.

O presidente da Comissão avaliou positivamente a gestão do IGH sob o Materno Infantil. E afirmou que o modelo de OS tem funcionado, mudou muito para melhor, mas observou que ainda pode melhorar.

“Precisamos de novos investimentos para uma estrutura antiga com mais de 50 anos”, disse Gustavo Sebba. Ele alertou para a dificuldade que o Governo Federal tem de investir na unidade primária. “O corte de recursos para a saúde reflete no Estado e município. Mais investimento desafogaria as unidades. Se o SUS funcionasse com a pediatria e ginecologia, por exemplo, desafogaria o sistema estadual”, frisou.

O parlamentar disse que a visita foi oportuna para levantar as dificuldades, os gargalos que a unidade enfrenta. As visitas estão sendo realizadas a todas os hospitais da rede estadual de saúde e, segundo Gustavo Sebba, com esse mapeamento, a Comissão vai propor ao Poder Executivo estadual alterações que possam melhorar a situação da saúde.