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Adriana Accorsi reforça que voto pró-impeachment é golpe

19 de Abril de 2016 às 15:28

Abrindo o Pequeno Expediente desta terça-feira, a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) iniciou seu discurso saudando os servidores do Fisco estadual e os procuradores de estado que acompanham a sessão, garantindo-lhes que a bancada do Partido dos Trabalhadores votará o reajuste dos mesmos que está sendo apreciado na Casa.

Em seguida teceu comentários sobre a votação do impeachment da presidente Dilma, no último domingo, dizendo que esteve em Brasília, onde vivenciou momentos de alegria e de tristeza.

De alegria, segundo ela, por ter visto chegar na capital federal pessoas de todo o País, “trabalhadores da cidade, do campo, estudantes, juventude, professores, pessoas com deficiência, indígenas, pessoas de cada canto do País, de Goiás, em busca da defesa de conquistas sociais”, e que, segundo ela, estavam ali não para defender o PT, mas a democracia brasileira.

Por sua vez, Adriana classificou como lado triste ter visto a forma como os deputados federais se comportaram na votação, muitas vezes não justificando legalmente o voto, e dedicando voto a familiares, entre outros.

A deputada refutou veementemente a manifestação de um deputado (Jair Bolsonaro, PSC, RJ), que dedicou seu voto a um torturador da ditadura militar, coronel Brilhante Ustra, posto que, segundo Adriana, nas mãos de pessoas como ele vários militantes políticos foram mortos e torturados, dentre os quais a deputada citou o pai dela, Darci Accorsi, que foi torturado, e o estudante goiano Marcos Antônio Dias Batista, que foi assassinado.

A parlamentar insistiu na defesa de que Dilma está sendo impedida ilegalmente por “não haver crime de responsabilidade”, e que por isso o impeachment é “golpe” e ameaça a democracia. "Não há ilegalidade de Dilma. O que há é uma medida administrativa da qual fez uso o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e 16 governadores atualmente, inclusive Marconi Perillo”, disse. “É por isso que o grande pensador jurídico Joaquim Barbosa disse que está errado o impeachment. É por isso que o jornal The New York Times disse hoje que está errado”, concluiu.

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