Deputados divergem sobre pedágio em estradas goianas
A proposta da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) de elaborar um estudo para cobrança de pedágio nas rodovias que levam às cidades turísticas de Caldas Novas e Goiás repercutiu na Assembléia. O deputado Luis César Bueno (PT) chegou a ocupar a tribuna, para se posicionar contra a iniciativa da forma que está sendo colocada. O deputado Helio de Sousa (DEM) aprova a idéia por entender que traz mais segurança nas rodovias, evitando até mesmo perdas de vida.
Luís César Bueno entende que a parceria público-privada (PPP) é importante quando a iniciativa privada investe em obras, duplicação de rodovias, ferrovias, e cobra pedágio por um período de 20, 30 anos. Mas o petista discorda da Agetop, que pretende entregar para a iniciativa privada os trechos Goiânia/Goiás e Goiânia/Caldas Novas. O petista estranha a cobrança de R$ 3,00 por cabeça, numa rodovia em bom estado, onde o governo investiu milhões de reais. “Somos contra essa proposta da Agetop; e achamos que a cobrança do pedágio pressupõe o investimento na construção da obra e não apenas na manutenção”, conclui.
Helio de Sousa ressaltou que a cobrança de pedágio proporciona segurança sob todos os aspectos. Ele se baseia em exemplos: onde se cobra pedágio - principalmente no Estado de São Paulo - há uma segurança muito grande em nível de trânsito nas rodovias. “Você tem a opção de gastar com os pedágios e ter rodovias melhores, ou trafegar por estradas que levam a perda de veículos e até mesmo de vidas. Talvez seja mais barato viajar com segurança pagando pedágio”, ponderou.
Para o democrata, está provado que todos os governos estaduais, inclusive o federal, não conseguem manter as rodovias de maneira adequada. O pedágio a preço acessível, diz, dará boas condições de tráfego e de boa assistência em casos de acidentes. Hélio de Sousa acredita que a cobrança de pedágio nas rodovias que levam à Caldas Novas - maior estância termal do mundo - e à Cidade de Goiás - patrimônio histórico e cultural da humanidade - tem tudo para dar certo. “É um fato que já mostrou resultados positivos em outros Estados. É lógico que em Goiás vai dar certo também”, arrematou.