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Faltam políticas públicas para tratar vítimas do césio 137

12 de Setembro de 2007 às 12:01
Deputados e representantes das vítimas do césio-137 reivindicam políticas públicas de amparo e pesquisa sobre quem sofreu e ainda sobre com os males causados pelo acidente radioativo. O Instituto de Radioproteção considera que o acidente envolveu, direta e indiretamente, mais de 70 mil pessoas. Delas, 65 morreram e 1,5 mil têm problemas de saúde comprovados.

Quem compareceu à audiência sobre o césio-137 percebeu que ainda não foram definidas as políticas públicas a serem adotadas. A deputada Betinha Tejota (PSB), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia questiona o melhoramento da situação que engloba todos os goianienes. Para ela, é necessário trazer para os olhos da sociedade a importância que é ressaltar os problemas de saúde e preconceito. “Todos nós somos vitimas”, frisa.  

O superintendente da Fundação Leite das Neves, José Ferreira, afirma que a fundação atualmente cuida de 735 pacientes e que há tempos muitos não recebem o atendimento adequado. Desde o acidente, 52 mortes foram registradas nos grupos da fundação.  A secretária de Cidadania, Flávia Morais, mostrou interesse pelo assunto e se dispôs a ajudar. “Só assim podemos lutar para que todos os grupos de pessoas que trabalharam na época sejam reconhecidos”, comenta.

Além da secretária, participou também a deputada Vanuza Valares (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente.
 O coordenador do Instituto de Radioproteção e Dosimetria, Luiz Fernando Conti, analisou a situação de forma positiva. Para ele, o trabalho desenvolvido no inicio foi fundamental para perceber o desenvolvimento dos problemas e ver as respostas para as vitimas, como idade, renda e possíveis conseqüências do risco.  

Durante a audiência o prefeito de Abadia, Antomar Moreira (PSDB), elogiou a iniciativa da deputada em promover uma ação desse nível e falou em relação ao pequeno valor que a cidade recebe como ressarcimento. “Somos reconhecidos apenas por isso, ninguém vê o lado positivo da cidade, e a quantia não chega a R$ 6 mil, não dá para fazer nada”, reivindica. Para ele, o necessário seria construir um centro de pesquisa para favorecer toda comunidade.

O presidente da Associação das Vitimas do Césio 137, Odesson Alves Ferreira, revela que só com medidas iguais a esta um dia haverá a possibilidade de todas as vitimas receberem o valor que merecem. 

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