A reunião da Comissão da Criança e do Adolescente que discutiu a violência infantil com a triste informação que os casos de violência aumentaram 50% neste ano.  Conforme a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Adriana Accorsi, em 2006, foram recebidas 419 denúncias anônimas. A polícia acredita que este número corresponda a apenas 15% dos casos, visto o medo de represálias dentro da própria casa.

O debate também discutiu os motivos pelos quais os adolescentes de Goiás estão envolvidos com a sexualidade e com a criminalidade. Adriana Accorci disse que a maioria dessas crianças e adolescentes age assim devido a questão cultural, financeira e de educação. Uma saída apontada pela delegada é o uso da Lei Seca: “Havendo mais policiais nas ruas, as crianças ficam com mais medo”.

A deputada Adriete Elias (PMDB) acrescentou que uma das principais causas é a modernidade, que favorece o conhecimento desordenado da criança, além da televisão que não trás bons exemplos.

Outro problema destacado foi a Legislação da cirurgia de laqueadura criada em 1965 que só permite a mulher operar após ter 35 anos e no mínimo três filhos. “E, no entanto há jovens de 19 anos, sem estrutura financeira, com cerca de cinco filhos e não pode operar,” comenta a delegada.

A presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Assembléia, e coordenadora da discussão, Mara Naves (PMDB), juntamente com as deputadas Betinha Tejota (PSB), Vanuza Valadares (PSC) e Adriete Elias (PMDB), vai encaminhar um requerimento para Brasília a fim de mudar essa Lei. Outro fator importante que será discutido pelas deputadas é construção de mais sedes do DPCA no interior e na capital. Em todo o Estado existe apenas uma delegacia especializada em proteção a criança e adolescente.