O deputado Tiãozinho Costa (PTdoB), presidente da Comissão de Agricultura da Assembléia, afirmou que Goiás está preparado para receber nova inspeção da União Européia (UE) ao rebanho brasileiro. A missão do Departamento de Alimentação e Veterinária da UE (FVO, em inglês), avaliará o controle sanitário do Brasil a partir de 6 de novembro. 

Em Goiás, a recente preocupação foi com foco de botulismo na região da estrada de ferro. A doença foi provocada pela palha de arroz, conhecida como cama de frango, fornecida como alimento ao rebanho. Segundo o deputado, a doença já foi controlada no Estado.  

Quanto à aftosa, o principal motivo da visita dos técnicos europeus, Tiãozinho disse que o Estado não tem restrições ao seu rebanho desde que o último foco apareceu em Santa Bárbara de Goiás em 1995. O deputado vai se reunir na próxima quarta-feira com a Secretaria da Agricultura, Agência Rural e Agrodefesa para delinear a situação que vai abordada pela missão da FVO. 

Conforme a Agrodefesa, Goiás tem os melhores índices de vacinação contra aftosa do país, entre 98,5% e 99%. Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo são os únicos estados a não sofrerem restrição à exportação de carne bovina desde os focos que surgiram no país em 2005. 

Técnicos da Agrodefesa realizam esta semana uma ação de educação sanitária nos municípios da região da estrada de ferro afetadas pelo botulismo. A intenção é conscientizar os criadores de que alimentar o gado com a cama de frango é proibido por lei. Além de poderem ser penalizados, os produtores pode comprometer o lucro proveniente das exportações.

O estado possui 20.3 milhões de cabeças de gado em 123 mil propriedades. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secomex) mostram que, se o Brasil sofresse embargo à carne, Goiás deixaria de exportar U$ 613 milhões para a União Européia.