Embora sendo do mesmo partido do presidente do Senado, Renan Calheiros, o PMDB, o deputado Wagner Guimarães entende que há indícios suficientes para a cassação do mandato do senador eleito por Alagoas. Para Wagner, o afastamento da presidência não foi um gesto satisfatório por parte de Renan, para por fim à crise em que o próprio senador colocou o Senado.

“Acho que o satisfatório seria a renúncia ao mandato, porque ainda persiste a possibilidade do retorno dele à presidência. Lógico que a maioria dos senadores não irá concordar, pelo que a gente tem ouvido e visto pela imprensa, mas a verdade é que há indícios suficientes para a cassação do mandato de Renan. Ou moraliza o Congresso, ou moraliza a coisa pública, ou moraliza a atuação dos homens públicos ou vamos acabar com isso e cada um vai para sua casa, e vamos esquecer da política”, avaliou Wagner Guimarães.

O deputado do PMDB entende que o afastamento de Renan da presidência do Senado, por 45 dias, se deu apenas para o governo negociar a aprovação da CPMF. “Infelizmente, todas as crises quando são solucionadas, na maioria das vezes, são para resolver outro problema que não tem nada a ver com a origem básica da crise. E mais uma vez, diante da força do Poder Executivo e da fraqueza de alguns políticos, com certeza iremos assistir a aprovação da CPMF”, ponderou o peemedebista, segundo vice-presidente da Assembléia Legislativa.