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Dia do Maçon

27 de Agosto de 2007 às 16:28
Discurso proferido pela deputada Mara Naves (PMDB), na sessão especial comemorativa ao Dia do Maçon. (20/8/2007)
Senhoras e Senhores,


Mais uma vez, é com imensurável júbilo que este Augusto Poder Legislativo do Estado de Goiás, confere esta homenagem à memorável Instituição Maçônica, que tem prestado inestimável serviço à humanidade e de modo particular à nação brasileira como partícipe nos mais destacados momentos de nossa história.

A Maçonaria é uma associação de homens livres e de bons costumes, unidos pelos indissolúveis laços de liberdade, igualdade e fraternidade. A Liberdade, para a maçonaria significa não só o poder de fazer ou deixar de fazer tudo o que a lei não proíbe, mas também o postulado de que toda pessoa tem deveres para com a sociedade, eis que somente nela os homens podem desenvolver livre e plenamente sua personalidade.

No exercício de seus direitos e no gozo de suas liberdades todas as pessoas estão sujeitas às limitações impostas pela lei com a única finalidade de assegurar o respeito dos direitos e liberdade dos demais, satisfazendo, assim, as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade.

Nesse sentido, a Constituição da Maçonaria assim determina: “1º - A tua liberdade não vai alÉm do direito alheio. Deves, pois, respeitar o direito de ser livre do teu semelhante, para que ele respeite o teu e possa haver Fraternidade; 2º - O que não desejas para ti, não queiras para outro. Se não queres restrições à Liberdade alheia. O mesmo ladrão, o mesmo tirano roubador da liberdade do seu semelhante voltar-se-á contra ti; 3º - Liberdade para todos os povos.
Lembra-te de que a Liberdade é inerente à condição humana. Um povo jamais terá direito de escravizar o outro. A prepotência brutal de um povo, que escraviza outro, é ameaça feita a todos”.
 

A Fraternidade inspira a ordem maçônica, estando presente nas ações que denotam os princípios de amor ao próximo, irmandade, união, harmonia e congregação entre os povos. Para a Maçonaria, “a humanidade será menos sofredora quanto mais compreensão houver entre os homens. Faz necessário, por conseguinte, luta incansável para que os homens, cada vez mais se compreendam melhor, convivendo como irmãos. Este é o mais importante objetivo da Maçonaria: ela não prega apenas a Fraternidade formal, mas exige que seus membros a pratiquem, que todos se reconheçam e se tratem como irmãos, se auxiliando reciprocamente”.

O PrincÍpio da Igualdade está presente na ordem maçônica refletida em seu próprio significado de igualdade de aptidão e igualdade de possibilidades virtuais. Prestigia-se, portanto, a eqüidade, a justiça e a relação uniforme entre todos os homens.

Para tanto, a Maçonaria exige que não se considere “o poderio financeiro dos homens, ou seus privilégios sociais e a sua posição no mundo profano. A posse de grandes fortunas não assegura a ninguém consideração especial, sobretudo quando o dinheiro não é posto a serviço da Humanidade, quando com o amparo que lhe deve conceder, contribuindo para a melhoria de uma vida. Nesse caso, o que se distingue não é o dinheiro em si, e sim as benfeitorias feitas. Não é propriamente o homem rico e endinheirado, mas o benfeitor, que é tido no mais elevado conceito”.

Os maçons são os herdeiros das luzes, são membros de uma organização filantrópica dedicada ao progresso. No decorrer de sua existência a Maçonaria tem procurado se afirmar como uma escola onde se ensina as virtudes fundamentais tais como: a liberdade de pensamento, a independência da razão e o auxílio mútuo.

Dessa forma, “a Maçonaria é uma Instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista, lutando pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da Humanidade por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade”.

 A relevância dessa venerável ordem na história do Brasil é facilmente constatada pela sua intensa participação nos mais importantes eventos de nossa história, tais como: a Conjuração Mineira, a Proclamação da República, a Guerra do Paraguai, a Independência do Brasil, a  Abolição da Escravatura, a Revolução Pernambucana e a Revolução Farroupilha. Isto se deveu à influência de seus ideais e de seus postulados, como também pela ação de muitos de seus mais valorosos membros.

Ministros, regentes, generais, intelectuais, presidentes da República e até mesmo um imperador. A galeria de membros da Maçonaria Brasileira muitas vezes se confunde com um “quem-é-quem” da História Nacional. Ora perseguida, ora cortejada pelo poder público, a Ordem Maçônica ajudou a escrever partes importantes da Independência e dos processos que levaram ao surgimento de um Brasil laico e republicano – com base em seus conceitos de liberdade política e religiosa.

Com suas origens cercadas de mistério (arquitetos da antiguidade, templários foragidos ou construtores medievais), a maçonaria revelou-se no inicio do século XVIII, chegou ao Brasil oficialmente em 1801 e participou ativamente da criação do novo País.
 Hoje, pela sua história de lutas em prol da Justiça Universal, a Maçonaria alcançou papel de destaque em nossa comunidade, contando também com o auxÍlio de um grande número de organizações, que a ajudam a disseminar suas doutrinas e seus mais sublimes valores.

Dentre esses órgãos, destacamos: a Ordem Molay, a ação Paramaçônica Juvenil (APJ) e a Ordem Internacional das Filhas de Jó.
 A Ordem de Molay, contando, atualmente, mais de 20 anos de atividades em nosso Estado de Goiás, é uma organização de jovens patrocinada e inspirada pela Maçonaria. Dela participam jovens do sexo masculino, com idades compreendidas entre 12 e 21 anos, de boa vontade, virtudes ilibadas, dedicando-se à prática da fraternidade desinteressadamente. É movida pelos sagrados princípios do amor filial, reverência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza, pratriotismo, além da defesa intransigente da liberdade civil, religiosa, política e intelectual.

 A Ordem de Molay surgiu no ano de 1919, na cidade americana de Kansas City. Foi criada pelo eminente maçom Frank Shermann Land. Seu objetivo inicial era apenas reunir os jovens de sua comunidade com o fim precípuo de prestar-lhes orientações em seus caminhos, possibilitando-lhes o exercício da liderança em suas comunidades.

Em mais de 20 anos de atuação no Brasil, a Ordem de Molay já tem instalados mais de 500 capítulos (grupo de jovens patrocinados por um corpo maçônico) por todo o nosso País. A ordem chegou a Goiás em 1981, por intermédio do insigne Professor e Maçom Licínio Leal Barbosa que proporcionou a fundação do primeiro capítulo da Ordem no Centro-Oeste brasileiro – o capítulo Guimarães Natal – que somente veio a ser instalado em 07 de setembro de 1982.

 A Juventude de Molay é orientada para praticar a filantropia por meio das arrecadações e doações regulares de alimentos, doações de sangue, atendimento a famílias carentes, campanhas de prevenção contra o uso de drogas entre crianças e adolescentes e muito mais, procurando sempre reintegrar os excluídos na sociedade, dando-lhes condições de obter seu pleno desenvolvimento sócio-econômico e cultural.

Grande destaque merece, também a Ação Paramaçônica Juvenil que representou um grande avanço, em tudo o que já havia sido feito pela Maçonaria, em proveito da formação da criança e do jovem. Com efeito, “cumprindo metas do Governo, o Grão-mestre do Grande Oriente do Brasil, através do Decreto nº 007, de 13 de abril de 1985, consubstanciado na recuperação dos valores concernentes à moral, ao direito e à estabilidade da Família, regulamentava a Ação Paramaçônica Juvenil que, segundo ele, haveria de ter papel preponderante na formação da juventude ligada aos maçons, combatendo os vícios e preparando-a para o futuro e os difíceis dias que certamente viriam diante do processo de desagregação da família e de desprezo aos princípios da ética nas relações humanas, que, lenta, mas seguramente, instalava-se na sociedade brasileira”. 

Nestas condições, a Ação Paramaçônica Juvenil estabeleceu-se como uma organização genuinamente brasileira, agindo de acordo com nossos costumes e nossa formação. Reúne os filhos e filhas de maçons, na faixa etária compreendida entre os 7 e 21 anos, procurando desenvolver um trabalho favorável ao desenvolvimento intelectual, físico, mental e espiritual desses jovens.

Para tanto, ela desenvolve atividades atinentes à prática da moral, do civismo e da ética, buscando o aperfeiçoamento nos jovens de ambos os sexos, do espírito de solidariedade, de companheirismo, de lealdade, de amor ao próximo, de responsabilidade social, de coletividade, para que esses jovens possam, por meio da prática da virtude, da honra e da dignidade, influenciar, quando adultos, os rumos do Brasil e do Mundo, sempre visando o bem-estar da humanidade.

 Virtuoso é, portanto, o objetivo da Ação Paramaçônica Juvenil, colaborando na educação e formação moral da nossa juventude. A Ordem Internacional das Filhas de Jó, por sua vez, é uma organização ligada à Maçonaria, formada por moças que acreditam em Deus e que possuem uma ligação com a Maçonaria, recebendo dos mestres maçons a sua herança.

 A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi fundada na cidade norte-americana de Ohama, Estado de Nebraska, em 20 de outubro de 1921, chegando ao Brasil no ano de 1990. Em Goiás, a Ordem foi instalada no dia 28 de fevereiro de 1998, funcionando no Templo da Loja Maçônica Urias de Oliveira Filho, nº 108.Os ensinamentos da Ordem são baseados no livro de Jó do antigo testamento da Bíblia Sagrada com ênfase especial ao capítulo 42, versículo 15: “Em toda a terra não poderiam ser encontradas mulheres mais justas que as Filhas de Jó. E seu pai lhes destinou uma parte da herança entres seus irmãos”.

O recinto em que as Filhas de Jó fazem suas reuniões é chamado de Bethel, significando “lugar sagrado”. Neste local, as moças entre 11 e 20 anos de idade recebem ensinamentos com o propósito de proporcionar a formação de seu caráter moral, intelectual e espiritual, além de desenvolver a oratória em público, o respeito aos pais, mãe e superiores, as idéias de fraternidade e amor à Pátria.

Da mesma forma que a Ordem de Molay e a Ação Paramaçônica Juvenil, a Ordem Internacional da Filhas de Jó, é uma organização voltada aos bons costumes e a preservação de nossas jovens, preparando-as para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária. Outra organização paramaçônica de grande importância é a FAMA – Fraternidade e Assistência a Menores Aprendizes.

A Fama é uma associação paramaçônica não iniciática, constituindo-se de membros integrantes do quadro de Associados da Loja Maçônica Liberdade e União, sua mantenedora, jurisdicionada ao Grande Oriente do Estado de Goiás e federada ao Grande Oriente do Brasil. Dedica-se a proporcionar o desenvolvimento educacional e moral a crianças e adolescentes carentes.

Para tanto, a Fama mantém escolas de ensino fundamental e médio e departamentos próprios para recreação, esporte, arte e educação física dos assistidos, além de exercer atividades nas áreas de marcenaria, serralheria, gráfica, sapataria, jardinagem, horticultura, dentre outras, comerciais, industriais e correlatas, destinada à manutenção de sua finalidade.

 A FAMA é pioneira em Goiás nesse trabalho social de promover a cidadania. Atuando desde 1949 em Goiânia, atende crianças e adolescentes de 05 e 16 anos, oriundos de famílias de baixa renda. O trabalho com os assistidos envolve atividades esportivas-culturais e a motivação para o estudo formal, com exigências de freqüência escolar regular e aproveitamento.

 As demais ações sociais desenvolvidas pela FAMA, a exemplo dos programas esportivos, dos grupos de dança, de música, da oficina de circo, buscam, entre outras coisas, aumentar a auto-estima dos jovens, desenvolvendo neles o desejo de progredir, de acreditar em si mesmo, na sua força e capacidade criativa. Segundo o pensamento da FAMA que resume seu objetivo primordial e de alcance social, “investir na criança e no adolescente é parte da responsabilidade social.

Significa investir numa geração mais comprometida com sua comunidade mais saudável, mais responsável, e, acima de tudo, mais feliz”.
 Vale ressaltar ainda, o programa “Maçonaria Contra as Drogas”, nascido aqui em Goiás e que hoje tem o reconhecimento de todo o País, com significativos resultados alcançados na prevenção do uso de entorpecentes, considerado o “mal do século”, que tanto afeta a nossa juventude.

Portanto caros colegas, é inquestionável que a Maçonaria e as várias organizações que dela deriva, todas embasadas nos inquebrantáveis laços de ética, moral, fraternidade e auxílio aos desvalidos, têm proporcionado imensurável contribuição ao progresso da humanidade.

 Portanto nesse dia consagrado ao Maçom, o Parlamento Goiano, por aprovação unânime de propositura de minha iniciativa acompanhada pelo ilustre colega deputado Coronel Queiróz, membro ativo da Ordem e destacado integrante desta Casa, homenageia todos os membros desta sublime Fraternidade de Irmãos, agraciados com a Medalha e Diploma do Mérito Legislativo Dr. Pedro Ludovico Teixeira, os seguintes maçons e cunhadas: 
1.      Abadia Elizete Silva Leal Barbosa
2.      Fátima de Oliveira Leal
3.      Claudia Regina Ribeiro Rocha
4.      Carlos Antônio de Godoi
5.      Gilmar Barcelos
6.      Waldir Ribeiro Guimarães
7.      Geraldo Alves de Carvalho
8.      José Antônio de Oliveira
9.      João Jaci José Pereira
10.  Roldão Oliveira de Carvalho
11.  Evanildes Melo Fagundes
12.  Sebastião Carlos Ribeiro
13.  Geraldo Gonçalves da Costa
14.  Olavo Junqueira de Andrade
15.  Vasco Alves Rosa
16.  Nazareno Rocha Junior
17.  Arquiariano Bites Leão
18.  Mauro Marcondes da Costa
19.  Edson Ferreira Mendes
20.  Ivo Sasse
21.  Antônio Eustáquio Ribeiro 
E ainda:
22.  Ruberval Ferreira de Morais
23.  Luiz Carlos Gonzaga
24.  Francisco de Jesus Batista
25.  Jairo Belém Soares Ribeiro
26.  Jair Pereira da Silva
27.  Oldrado Alves de Araújo
28.  Hélio Divino Barcelos
29.  Lorival Camargo
30.  Jácio Geraldo Costa
31.  João Batista Ribeiro
32.  Oswaldo Eustáquio da Silva
33.  Márcio Antônio de Souza
34.  Luiz Carlos de Castro Coelho
35.  Dorotéia Luiza de Freitas Montes
36.  Raquel Mendes Vieira Rodrigues
37.  Carlos Antonio Paim
38.  Joás de França Barros

Concluindo, vale ainda ressaltar o valioso trabalho dos sereníssimos Grão-mestres, Eurípedes Barbosa Nunes, do Grande Oriente do Estado de Goiás, João Batista Fagundes, da Grande Loja do Estado de Goiás, e de seus eminentes antecessores, que saúdo na pessoa do Dr. Oclécio Pereira de Freitas, bem como, Presidentes e Integrantes dos Poderes Maçônicos, Veneráveis Mestres de Lojas e demais autoridades maçônicas.

Assim esta justa e merecida homenagem que a Assembléia Legislativa do Estado de Goiás presta à sublime Ordem e às organizações paramaçônicas, reflete o reconhecimento do povo goiano à atuação desta honrável Instituição na luta incansável para o desenvolvimento da fraternidade universal e dos princípios éticos e morais, tão necessários e imprescindíveis para o futuro da Humanidade.
Parabéns Maçons!
Viva a Maçonaria!
Muito Obrigada! 

 

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