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Servidores públicos de Goiás preparam paralisação geral para reivindicar direitos

27 de Janeiro de 2025 às 11:14
Servidores públicos de Goiás preparam paralisação geral para reivindicar direitos

O ano de 2025 começou agitado para os servidores públicos de Goiás. A  aprovação da Data-Base de 4,83%, nos primeiros dias do ano corrente - em sessões extraordinárias da Assembleia Legislativa de Goiás -,  só prevê o pagamento no novo percentual no próximo mês de maio, deixando os servidores no prejuízo. 

Por isso, a deputada estadual Bia de Lima, que também preside o Sintego e coordena o Fórum em Defesa dos Serviços e Servidores Públicos de Goiás, se reuniu nesta sexta-feira, 24, com entidades que compõem o coletivo para discutirem as pautas de luta para os próximos meses, entre elas o Ipasgo, os mandatos classistas e as carreiras das diversas categorias do funcionalismo. No encontro, ficou definido que haverá uma paralisação geral das categorias - Educação, Saúde, Segurança Pública, Administração Direta, entre outras -, para reivindicar melhorias para as carreiras e para os servidores. A data ainda não foi definida.

De acordo com Bia de Lima, a reunião é um momento bastante importante para aproximar ainda mais o Fórum, composto por mais de 30 entidades representativas de todas as categorias, e organizar as estratégias de mobilização para a cobrança das promessas do governo e reivindicar os direitos retirados pela administração de Ronaldo Caiado. 

“O governador prometeu a recuperação das carreiras dos servidores, mas, na verdade, isso não aconteceu. Vamos nos reunir para mostrar que o estado de Goiás está longe de ser bom para os servidores e, principalmente, para expor a retirada de muitos dos nossos direitos ao longo das duas gestões do Caiado, como o quinquênio, as aposentadorias, as licenças. As propagandas mostram uma realidade que não existe. Não estamos satisfeitos com o que está acontecendo no nosso estado”, afirmou Bia de Lima.

“A aprovação da Data-Base foi complicada, não houve clareza, inclusive na votação, algo que eu nunca tinha visto em mais de 30 anos no serviço público. Não seria equivocado se a alíquota fosse aplicada agora, já em janeiro, no entanto, o governo fez uma manobra para aprovar no início do ano, mas o pagamento só será iniciado em maio, deixando os servidores com cinco meses de defasagem e prejuízo. Isso não é justo com os trabalhadores”, pontuou ela. 

Representando os policiais civis, o primeiro-secretário da Ugopoci, Silveira Alves de Moura, foi categórico ao dizer que o estado não respeita os servidores, os sindicatos e os mandatos classistas. “Isso é algo que nos preocupa muito, as legislações precisam ser cumpridas e os dirigentes classistas não podem ter os seus direitos retirados. Mas de todos os pontos tratados, o mais importante é a união e a mobilização do próprio Fórum. Para o governo, não é interessante a nossa luta, ele trabalha pela nossa desmobilização. Precisamos mostrar para todo o país que não se trata servidor público com arrogância e hostilidade”, ressaltou.

Em sua fala, o presidente do Sindipúblico, Nylo Sérgio, enfatizou a importância da união entre as entidades e as categorias, destacando que apenas com a força coletiva será possível avançar nas reivindicações e garantir os direitos fundamentais dos servidores. Ele também expressou sua preocupação com os beneficiários do Ipasgo, que têm procurado o sindicato em busca de melhorias nos serviços e no atendimento do Instituto.

A presidente do Sindsaúde, Néia Vieira, também demonstrou preocupação com a situação e reafirmou a relevância da união das representações sindicais para o avanço das pautas de interesse comum frente à relação do governo com as entidades.

“É fundamental nos compreendermos como uma classe única e coesa no enfrentamento das investidas do governo contra os direitos dos servidores, criarmos comunicação mais eficiente e efetiva com a nossa base, visando manter o movimento pela defesa e valorização dos servidores públicos mobilizando contra iniciativas políticas que prejudiquem os trabalhadores. Um dos caminhos possíveis é fortalecer o investimento em formação e criar uma agenda de pautas e lutas unificadas do Fórum”, destacou Néia.

Gabinete Dep. Bia de Lima Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
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