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Festejo popular de Nova Roma pode se tornar patrimônio cultural e imaterial goiano

Mais uma tradição arraigada há décadas na cultura de Nova Roma, município do Nordeste goiano, a 570 km de Goiânia, pode se tornar patrimônio cultural e imaterial goiano.
Trata-se do Festejo de São Sebastião, realizado todo dia 20 de janeiro desde 1972, em homenagem ao santo padroeiro da cidade. Ciente de sua importância histórica, econômica e sociocultural, o deputado Amilton Filho (MDB) protocolou um projeto na última quarta-feira, 2 de abril, propondo a transformação desta manifestação cultural em patrimônio cultural e imaterial de Goiás, além da sua inclusão no Calendário Cívico, Cultural e Turístico do Estado.
“É uma expressão cultural de grande valor para a comunidade local, e a concessão destes títulos ao festejo garante que a prática seja preservada e transmitida para as futuras gerações. Além disso, o reconhecimento como um bem cultural assegura sua proteção”, justifica Amilton Filho. Para ele, o evento não é apenas um acontecimento religioso, mas um símbolo da identidade cultural de Nova Roma que vai assegurar mais visibilidade e fortalecer o sentimento de pertencimento da população nova-romense.
São Sebastião era o santo de devoção da doadora das terras em que hoje se situa Nova Roma, a latifundiária Quitéria Dias de Oliveira, ainda no século XIX, quando a localidade ainda chamava-se Freguesia de São Teodoro. A cidade só se emancipou do município de Cavalcante em 14 de novembro de 1958, quando adotou São Sebastião como seu padroeiro.
Em 1972, o pároco Humberto Maria Antonius Luyten, nascido na Holanda, atendeu aos pedidos da comunidade local e organizou a primeira festa em louvor a São Sebastião, evento que perdura até hoje, 53 anos após a realização da sua primeira edição.