Notícias dos Gabinetes
Denominação de rodovia homenageia Takayuki Maeda
O Deputado Estadual Álvaro Guimarães (PR) apresentou esta semana um Projeto que altera a Lei nº 13.503, de 20 de agosto de 1999, que dá denominação ao trecho rodoviário da GO-410 que liga o município de Porteirão ao de Edéia. Após a aprovação, a rodovia passará a se chamar Takayuki Maeda, uma homenagem ao ex-presidente do Conselho de Administração do Grupo Maeda, falecido em 17 de junho deste ano.
“Esta é uma justa e oportuna homenagem a um dos maiores empreendedores agrícolas da história brasileira. Apesar do seu falecimento, Takayuki Maeda deixou arrojo e exemplos em seu legado”, justifica o parlamentar autor da propositura. O Projeto de Lei foi aprovado preliminarmente em Plenário, por unanimidade, e encaminhado às comissões da Casa.
A saga da Família Maeda, do Sol Nascente ao Cerrado, teve início em 1927, em Saga-Ken, no Japão. Naquele ano, o navio Manilha Maru partiu para a América do Sul, com destino ao Brasil. Takayuki Maeda tinha 3 anos de idade e seu irmão Tochiyuki apenas 7 meses. Chegaram aqui na companhia dos pais, Tsunezaemon e Aiko Maeda, que buscavam conquistar uma vida melhor, trabalhando nas lavouras cafeeiras do interior de São Paulo.
De colonos a meeiros, de arrendatários a donos da terra, a Família Maeda inscreveu seu nome na história do desenvolvimento do nordeste paulista. Lá se fixaram com a mesma força e robustez do algodão que os tornou conhecidos no Brasil e no exterior. “A Família Maeda tem uma trajetória de muito trabalho, dificuldades, nenhum desânimo e uma visão de futuro do patriarca, que nunca desistiu de investir na terra”, ressalta Álvaro Guimarães.
De Franca, os Maeda mudaram-se para Ituverava, onde viveram tempos ruins. No trabalho de desbravamento da terra obtida, cinco filhos do casal morreram sucessivamente. Como filho mais velho, Takayuki assumiu cedo a responsabilidade de cuidar dos negócios da família e iniciou a caminhada de crescimento e solidificação do Grupo Maeda.
A visão de futuro herdada do pai foi marca determinante na forma administrativa de Takayuki. Em 1950 ele importou maquinário dos Estados Unidos e iniciou a mecanização da lavoura no interior de São Paulo. Quase 3 décadas após a chegada no Brasil, Takayuki e seus irmãos, Tochiyuki e Yosiuki, decidiram iniciar uma colônia nipônica em Ituverava, trazendo mais famílias do Japão.
A primeira fazenda em Goiás foi adquirida em 1973. Dois anos depois, a segunda unidade de beneficiamento foi instalada na cidade de Itumbiara. Em 1987 outra unidade foi inaugurada na região, no município de Porteirão. No mesmo ano, foi implantada a indústria de extração de óleo de caroço de algodão em Itumbiara, com capacidade para 160 mil toneladas/ano, posicionando-se como a maior esmagadora de caroço de algodão do País.
A partir de 1991, o grupo verticalizou ainda mais sua atuação, com fiação de algodão, indústria de gordura vegetal, negócios imobiliários no setor rural, etano e açúcar. As atividades foram expandidas para Mato Grosso e Bahia. Takayuki Maeda seguiu a filosofia do pai e afirmava freqüentemente: “Foi a agricultura que nos trouxe até aqui. Ela é que nos mantém. Nunca vamos tirar o pé da terra”.