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Politizar debate retrato da pandemia de covid-19 em Goiás

25 de Setembro de 2020 às 20:40
Crédito: Maykon Cardoso (print de tela)
Politizar debate retrato da pandemia de covid-19 em Goiás
Solenidade de abertura do I Simpósio Politizar 2020
Na tarde desta sexta-feira, 25, o I Simpósio Politizar, edição 2020, realizou o primeiro painel remoto sobre os sistemas  de saúde e combate à covid-19 em Goiás, com a participação de deputados e representantes das Secretarias de Saúde estadual e municipal. O projeto é fruto de uma parceria entre a UFG e a Assembleia. A cerimônia de abertura aconteceu na noite de quinta-feira, por videoconferência, com destaque para os discursos do presidente da Casa de Leis, Lissauer Vieira (PSB), e do reitor da UFG, professor Edward Madureira.

O I Simpósio Politizar, edição 2020, realizou na tarde desta sexta-feira, 25, seu primeiro painel com o tema "Sistemas  de Saúde e combate à covid-19", com a participação de parlamentares e representantes das Secretarias de Saúde estadual e municipal.

O Simpósio, uma parceria entre a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Assembleia Legislativa, teve seu pontapé inicial na noite de quinta-feira, por videoconferência, com destaque para os discursos do presidente da Casa de Leis, Lissauer Vieira (PSB), e do reitor da UFG, professor Edward Madureira. A cerimônia de abertura também contou com a participação do vice-governador Lincoln Tejota.

O painel de abertura contou com os debatedores: deputado Gustavo Sebba (PSDB), vereadora Priscilla Tejota (PSD); professor da UFG Sandro Rodrigues, que é superintendente da Secretaria de Saúde; e do professor da Faculdade de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, Thiago Rangel, que também falou como representante da Secretaria de Saúde do município de Goiânia.

Sandro Rodrigues iniciou sua fala esboçando, por apresentação de slides, como a pasta estadual de Saúde se organizou em relação à covid-19, apontando três grandes pilares básicos para o enfrentamento de qualquer pandemia: otimização da rede de saúde, assistência, vigilância e regulação; adoção da ciência em todo o processo; além de transparência e comunicação eficiente.

O superintendente apresentou o retrato estatístico do impacto da pandemia do novo coronavírus em Goiás, usando como base de comparação o cenário no Brasil que tem cerca de 4 milhões de casos da doença e mais de 100 mil óbitos. Em Goiás, até o momento foram 184.702 casos, com 174.774 recuperados; 220.100 suspeitos e 140.000 descartados. A estimativa registra 2.622 casos a cada 100 mil habitantes; e 59 óbitos a cada 100 mil habitantes; com letalidade de 2,25%, em Goiás, a covid-19 causou 4.152 óbitos, colocando o estado na 19ª posição entre os entes federativos. Em relação o número de casos comparado à população, Goiás figura na 14ª colocação no País.

Sandro Rodrigues informou os números relativos à testagem da população. Foram  realizados 379.625 testes, sendo 187.377 positivos e 192.248 negativos, com a estimativa de  54.090 pessoas testadas para cada 1 milhão de habitantes. “Existe a crítica de que temos testado pouco, mas testamos muito, nossas taxas são superiores a muitos países”, comentou.

O superintendente avaliou que a pandemia se encontra no pior momento, mas que a taxa de ocupação de leitos está sob controle, acrescentando que um dos grandes legados que a pandemia vai deixar para Goiás é uma melhor articulação entre hospitais públicos e privados.

Desde que a pandemia do novo coronavírus foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ele informou que o Governo estadual tem trabalhado na ampliação da capacidade da rede de saúde, com a regionalização da atenção, o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o treinamento e a capacitação de servidores e profissionais da saúde, e, ainda, medidas de promoção da saúde mental e de pesquisas na área. Outra importante medida tomada pela Secretaria de Saúde foi a intensificação da vacinação contra a gripe, para evitar eventuais confusões de diagnósticos entre influenza e covid-19.

“Nunca trabalhamos tanto na vida, com a ajuda da Alego e do governador, que quis tomar a frente no enfrentamento da pandemia por ser médico. Ele tem tomado todas as medidas necessárias, editando decretos necessários para o enfrentamento do coronavírus, e fazendo uma gestão baseada em evidência”, finalizou.

Assembleia

Presidente da Comissão de Saúde e Promoção Social da Casa, o deputado Gustavo Sebba (PSDB) começou sua participação elogiando o trabalho feito pela Secretaria da Saúde na gestão do impacto da pandemia, e os esforços do titular da pasta, Ismael Alexandrino. “Apesar de ser adversário político do governador, penso primeiro no melhor para Goiás, e avalio que a Secretaria teve muitos acertos. É um problema que afetou todos os estados, mas aqui estamos em vantagem devido a estruturação feita pela Secretaria".

O parlamentar comentou sobre os vários debates travados pelas autoridades, médicos e a sociedade, o que para ele, em alguns aspectos, resultou numa perda de tempo. Ele citou as polêmicas travadas entre pandemia e economia, a estrutura do SUS, o uso da hidroxicloroquina, e o relaxamento do isolamento. “Foi um grande problema de viés ideológico. Para mim, o enfrentamento da pandemia não existe sem a preocupação com a economia. Sobre a cloroquina, ainda não temos evidências médicas suficientes para que possamos estabelecer uma linha de certeza”, frisou.

“Agora começamos a debater sobre as questões relacionadas à vacina e futuramente teremos que encarar o debate sobre o pós-pandemia. Vai exigir muito dos Poderes. Ao longo dessa caminhada, tivemos problemas evidenciados, mas evoluímos muito. Medidas precisam aparecer de forma conjunta, depois de muito diálogo”, frisou.

Gustavo Sebba fez questão de reconhecer a participação decisiva da Assembleia na gestão dessa crise de saúde. “O Parlamento estadual elaborou e aprovou leis importantes em auxílio ao Poder Executivo e procurando proteger a população e a iniciativa privada. Realizamos inúmeras sessões virtuais, com agilidade, o que contribuiu para poupar muitas vidas”, lembrou.

Câmara Municipal

A vereadora Priscilla Tejota (PSD), que é presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia, relatou que a primeira preocupação do Legislativo municipal foi com os profissionais de saúde. “Atuamos de forma a garantir capacitação e treinamento, fornecimento de insumos como EPIs, dar celeridade na aprovação de decretos de calamidade pública e outras medidas urgentes do Paço Municipal. Sou oposição ao prefeito, mas meu lema é não fazer oposição à vida”, declarou.

A vereadora disse ter colaborado de forma intensa, usando a sua experiência como gestora, até ser contaminada pelo vírus. “Tive covid-19, pneumonia e cheguei a ter 50% do pulmão comprometido, e ainda tenho sintomas de cansaço, mas pronta para voltar aos desafios da Câmara nessa luta que é do mundo todo”, contou.

Participação municipal

Professor da Faculdade de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, Thiago Rangel, que também representa a Secretaria de Saúde da Capital, ecoou as considerações do superintendente Sandro Rodrigues sobre a orientação de se fazer a gestão baseada em evidência desta crise pandêmica. “A interação do mundo acadêmico com a gestão pública da saúde foi uma novidade pra mim, mas com resultados muito profícuos”, disse.

Ele relatou que a pandemia da covid-19 deixou um legado interessante, que une perspectivas científicas diferentes e profissionais que não necessariamente interagiam, colocando seus conhecimentos à disposição do gestor público.

Thiago Rangel destacou o resultado prático e imediato do que é a ciência produzida em tempo real, ilustrando que a comunidade acadêmica internacional trabalhou com quatro objetivos. “Primeiro, descobrir o agente causador – um processo rápido comparado a outras epidemias e pandemias -, desenvolver testes, práticas clínicas e protocolos, além de medidas para mitigar os efeitos da pandemia”, relatou.

Mesa-redonda com universitários

Antes da realização do painel, ex-participantes do projeto Politizar formaram uma mesa-redonda para contar suas experiências como deputados estaduais simulandos, que foi transmitida pelo canal oficial da UFG, e também pela TV Assembleia, em seu canal no Youtube, ou pelo canal 3.2, da TV Aberta. 

Os estudantes Júlia Andrade, Wilson Oliveira, Nathan Gabriel Ferreira, Letícia Garces, Matheus Silva, Pietra Fontanezi, Ludimila Rosa relataram a sensação de simular o papel de um deputado da Alego no plenário da Casa e na sala das comissões. Eles também contaram sobre a interação e o aprendizado com os pares, a oportunidade de viverem uma eleição da Mesa Diretora e a elaboração de projetos de lei.

O I Simpósio Politizar, edição 2020, é um projeto fruto da parceria entre a UFG e a Alego, que promove painéis voltados a temáticas como saúde, orçamento, meio ambiente, jornalismo, redes sociais e direitos humanos, no que tange a comunidades tradicionais quilombolas e indígenas de Goiás.

Abertura

A cerimônia remota de abertura do Simpósio Politizar, edição 2020, foi realizada na noite de quinta-feira, 24, às 19 horas. O projeto é uma parceria entre o Parlamento goiano e a Universidade Federal de Goiás (UFG). A programação segue neste sábado, com a realização de seis painéis de discussão com abordagem de variados temas. Todo o simpósio vem sendo transmitido pelo canal oficial da UFG, e também pela TV Assembleia, em seu canal no Youtube, ou pelo canal 3.2, da TV Aberta. 

Ao discursar na abertura do evento, o presidente da Alego, deputado Lissauer Vieira (PSB), destacou a importância do Politizar, que na edição deste ano recebeu um número recorde de inscritos. Ele lembrou que o projeto visa trazer os estudantes para conhecerem o Poder Legislativo e como é feito o trâmite dos processos na Casa. 

De acordo com o presidente, o projeto tem sido um sucesso, que já alcançou 46 municípios goianos, além de contar com a participação de alunos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul. “O projeto tem dado certo e tem crescido em nível de Brasil”, frisou.

Lissaeur disse que o Politizar tem cumprido seu papel de aproximação dos estudantes com o Legislativo estadual, o que possibilita uma maior transparência em relação ao trabalho desenvolvido. “É possível mostrar aos jovens como é feito o trabalho parlamentar, a fim de servir às pessoas e dar a elas qualidade de vida”, pontuou. 

Ao parabenizar os organizadores do simpósio, o presidente do Parlamento disse estar satisfeito com os resultados, ressaltou a importância do evento e explicou que em função do sucesso do trabalho, neste ano, a programação era para a realização de duas edições do evento, o que não foi possível em decorrência da pandemia do novo coronavírus. 

Em discurso, o vice-governador Lincoln Tejota alertou para a importância do Politizar ao citar o momento político pelo qual o Brasil passa, em que a sociedade tem se afastado da política. “O projeto vem como remédio da população. Aos que participam do Politizar, a política é uma ferramenta, para dar resposta aos problemas que nosso País passa. Temos que buscar a linguagem para falar com as pessoas, por que elas querem que a política atenda a vida delas”, disse.

Para o vice-governador, o programa é um exemplo de como boas políticas públicas podem vir para mudar a vida das pessoas, além de salientar a importância do debate político para que a população tenha acesso aos serviços necessários, a exemplo da saúde e da segurança. 

 

Agência Assembleia de Notícias
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