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Prevenção ao câncer pediátrico

15 de Fevereiro de 2021 às 11:50
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Prevenção ao câncer pediátrico
Dia Internacional de Luta Contra o Câncer Infantil
Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil, 15 de fevereiro é data dedicada à conscientização e educação sobre a doença que, a cada ano, atinge cerca de 215 mil crianças e adolescentes até 15 anos de idade.

O dia 15 de fevereiro é o Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil. Uma data dedicada à conscientização e educação sobre a doença. De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, estima-se que, no mundo, a cada ano 215 mil novos casos são diagnosticados em crianças e adolescentes menores de 15 anos.

Mais raro do que em adultos, o câncer pediátrico pode ser mais agressivo, já que costuma crescer de forma mais rápida. "A diferença do tumor pediátrico para o tumor de adulto é que o tumor pediátrico, a célula  que dá origem a ele, é uma celula mais imatura, embrionária, não é uma célula igual à um de adulto. Por ser de origem embrionária, eles crescem bem mais rápido do que de adulto. Porém, eles têm mais chances de resposta à quimioterapia", explica a oncologista pediatra Renatta Volu, membro do Comitê Científico da Sociedade Goiana de Pediatria.

Segundo a médica, apesar do rápido crescimento das células cancerígenas, a taxa de sucesso em tumores que acometem crianças é mais alta e, por isso, é ainda mais importante o diagnóstico precoce. "Como cresce rápido e a quimioterapia age no DNA, a chance de resposta dele é melhor. Por isso que o tumor pediátrico tem mais cura que o de adulto. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura. Tumores infantis têm grandes chances de cura, em alguns casos chegam a 90%, 100% de chance do paciente ficar curado, e não só em remissão, mas curado a longo prazo." 

Os tipos mais comuns de câncer em crianças são a leucemia, o linfoma e o tumor do sistema nervoso central. Mas a gama de tumores é extensa. A prevenção da doença em crianças também é diferente em comparação a de adultos, uma vez que as crianças não sofrem com fatores de risco ocasionados por hábitos de vida, como fumar ou não praticar exercícios físicos. O câncer pediátrico tem sua origem no fator genético.

"A minoria de tumores pediátricos, apenas 5%, são relacionados a causa hereditária. Por exemplo: se muitas pessoas na família já tiveram leucemia, então essa familia tem essa predisposição, mas isso equivale a apenas 5% dos casos. Os outros 95% são de causa genética porque houve uma mutação daquele embrião, mas ela não é hereditário", explica Renatta.

A oncologista reforça o alerta de que o mais importante é que os pais estejam atentos aos sinais e ao perceberem alguns sintomas como aparecimento de inguas no corpo, emagrecimento, surgimento de manchas roxas recorrentes na criança, dor óssea contínua, febre persistente, desânimo, palidez, que procurem imediatamente o pediatra.

O fator psicológico também afeta as crianças de forma diferente que os adultos. "Crianças não têm o estigma do câncer, elas não são como adultos que acham que porque tem câncer vão morrer, então elas não encaram a doença desse jeito. Elas veem mais é o sofrimento que estão passando. São crianças que começam a precisar a ficar hospitalizazdas, tomar injeções, coleta de sangue todos os dias e muitas delas percebem a tristeza da família.  Elas não têm o psicológico abalado pelo diagnóstico, mas acabam ficando com o psicológico abalado pela alteração da estrutura familiar, da rotina deles", analisa.

A médica diz que crianças encaram as coisas de uma forma melhor: "Se está triste no hospital e você dá um desenho para colorir, conversa brincando, elas têm muito mais sorriso no rosto que o adulto porque não têm aquele pensamento a longo prazo de que vai morrer. O que necessita nesses casos é o controle psicológico da família pra passar segurança para a criança".

Agência Assembleia de Notícias
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