Aos 86 anos, morre o ex-deputado estadual Abdul Sebba. Presidente Lissauer Vieira decreta luto oficial de três dias na Alego

O delegado aposentado e ex-deputado estadual Abdul Sebba morreu nesta sexta-feira, 9, aos 86 anos, por causa de complicações causadas pela covid-19, depois de ficar internado por dez dias num hospital de Goiânia. Ele deixa a mulher, Viviane Vaz Machado Sebba, e quatro filhos, Marcelo, Augusto César, Tayrinne e Lorena.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, deputado Lissauer Vieira (PSB), decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-parlamentar. Nesta semana morreu também outro ex-deputado estadual goiano por causa da covid-19, Léo Mendanha, pai do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB).
Abdul cumpriu três mandatos de deputado estadual. Na 13ª Legislatura, pelo PL, de 1995 a 1999; na 14ª, pelo PST, de 1999 a 2003; e na 15ª, também pelo PST, de 2003 a 2007. Foi presidente da Alego em 2003. Em 2018 tentou voltar ao Parlamento novamente pelo PST, mas não se elegeu.
Nascido em 2 de dezembro de 1934, na cidade de Araguari (MG), Abdul se mudou para Goiânia e formou-se em direito pela Universidade Católica de Goiás.
Durante seus mandatos na Alego, presidiu duas comissões parlamentares de inquérito. Uma que apurou irregularidades no caso Caixego e outra que investigou irregularidades nas concessões de linhas de transporte coletivo de Goiânia.
Também presidiu a Comissão de Segurança Pública e Defesa do Consumidor e foi suplente da Comissão de Serviços e Obras Públicas e da Comissão de Desenvolvimento.
Como delegado, Abdul Sebba teve uma carreira marcante. Tinha fama de "durão" e de que era temido pelos bandidos. Na época em que estava na ativa, o comentário entre a população era de que, nas regiões sob sua jurisdição, o índice de criminalidade era sempre próximo de zero.
Abdul fazia questão de declarar a forma como via os criminosos: "Bandido bom é bandido morto". Tanto que utilizou esse slogan em sua campanha de 2018, na qual não teve sucesso.