Ícone alego digital Ícone alego digital

Proposta de Antônio Gomide, Alego realiza sessão especial em homenagem à Campanha da Fraternidade 2022

29 de Março de 2022 às 07:15
Crédito: Sérgio Rocha
Proposta de Antônio Gomide, Alego realiza sessão especial em homenagem à Campanha da Fraternidade 2022
Sessão Especial - Campanha da Fraternidade 2022

A Assembleia Legislativa de Goiás promoveu, na noite dessa segunda-feira, 28, sessão solene em homenagem à Campanha da Fraternidade de 2022, cujo tema é Fraternidade e Educação. O evento foi realizado por proposta do deputado Antônio Gomide (PT). 

Participaram da mesa diretiva dos trabalhos, além de Gomide, o arcebispo Metropolitano de Goiânia, Dom João Justino; a reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima; o secretário-geral da Sociedade Goiana de Cultura (SGC) e ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Wolmir Amado; e o padre Cleiton Bergamo, representando o bispo de Anápolis, Dom João Casimiro Wilk.

Antônio Gomide falou da importância de realizar essa sessão no Legislativo goiano para debater, ouvir e se informar melhor sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano. “Sabemos o quanto a Campanha da Fraternidade cumpre um papel de buscar movimentos sociais, trazendo temas importantes para a sociedade, mas não tenho dúvidas de que a Educação abrange todos eles. É o momento correto de fazer esse debate, num momento de pandemia global, em que precisamos saber ensinar, escutar e compartilhar”, enfatizou.

O deputado frisou, ainda, que a educação pública, inclusiva e de qualidade se trata de uma condição de justiça social, que ainda é buscada no Brasil. “O tema da campanha faz com que as pessoas pensem um pouco mais sobre a situação que vivemos. A alfabetização é um direito humano e deve ser assegurado a todas as pessoas.”

Discussões da campanha

O secretário-geral da SGC e ex-reitor da PUC-GO, professor Wolmir Amado, discursou na sessão especial da noite. Ele agradeceu a Gomide pela iniciativa e lembrou que, desde a década de 1970, a Campanha da Fraternidade ganhou amplitude nacional e vem ajudando a educar o conjunto da igreja, através de temas sociais, que se voltam para toda a sociedade.

“São diversos temas que fomos aprofundando ao longo de décadas, e é claro que isso precisa ser dito para o conjunto da sociedade. Também, para dar o nosso ponto de vista como cristãos e realizarmos intervenções sociais. Queremos ser, nessa Casa de Leis, uma semente do bem comum. É preciso repensar esse desafiante campo da educação, o mais afetado no mundo todo, ainda mais depois de uma pandemia mundial”, falou Amado.

O secretário apontou, ainda, que, em Goiás, segundo dados da própria Secretaria de Educação, a cada dez crianças, nove delas, na faixa de seis a dez anos, faixa da alfabetização, não aprenderam nem a ler nem a escrever. “Trata-se de uma defasagem muito demorada para se recuperar. São desgastes mais profundos que o próprio impacto econômico da pandemia. E é essa a discussão que a campanha quer propor”, destacou.

Em seguida, a reitora da UFG, Angelita Lima, foi à tribuna para saudar a iniciativa de uma sessão solene, que mobiliza a sociedade e as pessoas para homenagear a educação. Segundo ela, trata-se de um ato de generosidade e de muita importância, e que isso só foi possível graças à temática da Campanha da Fraternidade.

“É uma ação muito necessária, ainda mais depois de uma pandemia global. Precisamos nos unir para superarmos os abismos criados em relação à educação, sendo um deles a evasão escolar e, outro, a qualidade do ensino. São muitos desafios nesse período e não bastará gritarmos contra isso, mas precisamos desenvolver mecanismos, parcerias e alianças para que superemos o momento”, disse Angelita.

A reitora compartilhou, ainda, seu medo de que, nos dois anos de pandemia da covid-19, o prejuízo na formação de cidadãos no nosso país seja imensurável. “Temos metodologias disponíveis, precisamos agora de vontade política e ações concretas. E termos a Igreja Católica como aliada nesse tema é uma boa notícia”, enfatizou.

Por fim, foi ouvido o arcebispo Dom João Justino, que agradeceu a oportunidade de falar na Assembleia Legislativa e registrar a contribuição que a Campanha da Fraternidade tem para a nação brasileira. Ele afirmou que a histórica contribuição da Igreja Católica na construção de uma sociedade justa e fraterna ganhou, neste ano, a terceira edição da campanha com o tema educação. Isso, segundo ele, tem inspiração no agir de Jesus Cristo e O apresenta como modelo de todo educador.

“Aquele que fala com sabedoria e ensina com amor, segundo o Evangelho. Por mais óbvia que seja a resposta, a Igreja realiza essa campanha, pois a fraternidade está no DNA do cristianismo. Jesus viveu e pregou a fraternidade, através do amor ao próximo, e foi quem disse aos seus discípulos que são todos irmãos” lembrou D. João.

O arcebispo recordou, ainda, as primeiras palavras do Papa Francisco, ao assumir em 2013, pregando a fraternidade, amor e confiança entre as igrejas e todo o mundo. “O objetivo geral da campanha deste ano é promover um diálogo a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos através do humanismo integral e solidário. A Igreja no país compreende que pode contribuir significativamente para a educação, sobretudo num tempo em que o Papa convocou a todos para refazerem o pacto educativo global”, afirmou Dom João.

Ele lembrou, ainda, que quando se pensa em educação no contexto brasileiro, não se pode ignorar a questão da desigualdade social, que é estrutural. “É raro um setor da vida que não tenha as marcas da desigualdade. Mas não se pode confundir desigualdade com diversidade e individualidade. É preciso de um projeto de educação com humanismo solidário", finalizou.

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.