Defensor público Salomão Neto destaca políticas afirmativas durante a audiência pública na Alego
Na manhã desta terça-feira, 21, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realiza uma audiência pública para debater questões de discriminação racial em razão do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Entre os participantes, está o coordenador do Grupo de Trabalho pela Igualdade Racial da Defensoria Pública do Estado de Goiás, o defensor público Salomão Neto.
Durante sua participação no debate, Salomão Neto parabenizou a todos que professam as religiões de matriz africana e destacou que, na área de sua atuação, tem recebido inúmeras denúncias de violações de direitos em relação às pessoas que praticam essas religiões. "No âmbito do direito, nosso papel é fazer a escuta qualificada dessas pessoas que sofrem os ataques racistas pelo simples fato de estarem praticando a sua liberdade religiosa, e diante disso partirmos para atuações práticas e efetivas", afirmou o defensor.
Salomão Neto também chamou a atenção para o autógrafo de lei nº 522/22, apresentado pela ex-deputada e agora deputada federal Adriana Accorsi (PT) e aprovado na Alego, que volta para discussão nesta Casa de Leis por motivo de veto do governador. A matéria trata da inclusão de reserva de vagas por cotas raciais para pessoas negras, indígenas e quilombolas. "Hoje precisamos discutir a política afirmativa. O Brasil ainda não conseguiu, em âmbito local, garantir cotas no serviço público, principalmente nas questões de estágios", afirmou o coordenador do Grupo de Trabalho pela Igualdade Racial da Defensoria Pública do Estado de Goiás.
A audiência pública, que conta com a participação de especialistas e representantes da sociedade civil, tem como objetivo discutir políticas públicas para combater a discriminação racial e promover a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.