Ícone alego digital Ícone alego digital

Audiência realizada na Assembleia Legislativa, por iniciativa de Bia de Lima, debate propostas para preservação do Cerrado

11 de Setembro de 2023 às 18:28
Crédito: Maykon Cardoso
Audiência realizada na Assembleia Legislativa, por iniciativa de Bia de Lima, debate propostas para preservação do Cerrado
Audiência pública, sob o comando de Bia de Lima, debate preservação do Cerrado

A Assembleia Legilsativa do Estado de Goiás promoveu na tarde desta segunda-feira, 11, em que se comemora o Dia Nacional do Cerrado, audiência pública onde foram debatidas estratégias de preservação deste, que é o segundo maior bioma brasileiro. A iniciativa foi da deputada Bia de Lima (PT), juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa do Bioma Cerrado, presidida pelo deputado Antôno Gomide (PT).  O evento foi realizado no auditório 2 da Assembleia Legislativa de Goiás.

A audiência contou com a participação de especialistas, pesquisadores,  representantes governamentais, representantes da sociedade civil e de organizações não governamentais. A mesa foi composta pelos seguintes nomes: Álvaro de Angelis, ambientalista e assessor do deputado Antônio Gomide (PT); Nelson Galvão, superintendente do Ibama no Estado de Goiás; Lorena Silva, diretora de pesquisa e inovação do Instituto Federal de Goiás (IFG); e Cláudio Rodrigues Leles, diretor científico e de inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Também fizeram parte Stella Miranda, gerente de sustentabilidade agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás; Altair Sales Barbosa, geólogo e presidente do Instituto Altair Sales; Robson Domingos Vieira, presidente da Fapeg; João Batista de Deus, diretor do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (UFG); Sandro Dutra e Silva, pró-reitor de pós-graduação, pesquisa, extensão e ação comunitária da Universidade Evangélica de Goiás; Cayo Henrique Ferreira de Alcântara, fundador da ONG Vida no Cerrado, de Brasília.

Em entrevista à imprensa, pouco antes do início da audiência, Bia de Lima observou que esta é uma soma de esforços para diminur a devastação ambiental do planeta, especialmente do Cerrado. Ela ressaltou que as consequências da devastação do bioma já podem ser constatadas agora, não são mais uma questão para o futuro.

“É por esse motivo que aqui já esteve, na Assembleia, a ministra Marina Silva, por meio da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente. Juntamente com o deputado Gomide, temos levantado essas pautas. Queremos fazer com que as ações do poder público possam, de fato, surtir efeito, como no caso da Amazônia. As pesquisas mostram que o desmatamento lá tem diminuído, graças, logicamente, às políticas do presidente Lula”, assinala.

Bia ressalta que, por outro lado, o desmatamento, em Goiás, triplicou, fato que considera preocupante, pois ameaça a sobrevivência da região que é considerada o berço das águas no Brasil. “E nós precisamos de água, não existe vida sem água, motivo pelo qual nós precisamos cuidar agora das nossas questões ambientais, do nosso Cerrado, das nossas nascentes, e não destruir, como está acontecendo”, adverte.

O professor Altair Salles observou que um dos principais motivos pelos quais as políticas públicas para preservação do Cerrado não têm dado resultados é a denominação que se dá para essa região de “bioma”.

“Isso tem que mudar, porque o bioma é um conceito trabalhado em 1916, por Clements. Nessa época, a humanidade achava, inclusive a física, que o mundo era estático. Hoje, nós sabemos que o mundo é um planeta dinâmico, que está inserido no contexto global, universal, galáctico. Então, dentro dessa perspectiva, é que nós temos que entender as matrizes ambientais, sua história evolutiva, a história evolutiva de cada uma dessas matrizes ambientais e, consequentemente, a história evolutiva do Cerrado, que é o mais antigo ambiente da história recente do planeta Terra”, observou.

Representante da ONG Vida no Cerrado, Cayo Henrique alertou que esse sistema está sendo destruído em nome do progresso econômico. Segundo ele, estudos mostram que está ocorrendo a diminuição da vazão dos rios e o aumento da temperatura. “Existe um senso comum de que o Cerrado é desértico e improdutivo, o que contribui para justificar a degradação sem comoção de todo o bioma”, disse.

O pró-reitor da Universidade Evangélica de Goiás, Sandro Dutra, destacou que, apesar de ser o mais antigo dos sistemas ecológicos do mundo, o Cerrado não conta com uma legislação que o proteja.

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.