Na manhã desta quinta-feira, 14, o presidente da Comissão de Atenção à Pessoa Idosa, deputado Ricardo Quirino (Republicanos), realizou uma audiência pública em celebração ao Dia Internacional do Rim, com o intuito de promover uma ampla discussão sobre a importância da saúde renal, tão necessária para garantir uma boa qualidade de vida. O evento ocorreu no auditório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Palácio Maguito Vilela. 

Participaram da mesa dos trabalhos o deputado propositor da audiência, a vereadora do município de Senador Canedo, Tia Fernanda (PRTB); o ouvidor da Alego, Geyson Gonçalves; além dos médicos palestrantes Márcio Rodrigues Costa e  Ricardo Araújo Mothé. O primeiro é professor de urologia da Faculdade de Medicina da UFG e chefe de serviço de urologia do Hospital das Clínicas de Goiânia. Já o segundo é presidente da Sociedade Goiana de Nefrologia, graduado pela Faculdade de Medicina da UFG e ambos trabalham também no Hospital Albert Einstein em Goiânia.

Quirino falou da importância de celebrar o Dia Internacional do Rim. Ele destacou que, com o envelhecimento humano, o sistema orgânico vai atingindo um declínio natural no seu funcionamento, mas, com os cuidados recomendados pelos especialistas, é possível evitar as doenças renais crônicas. 

“A doença renal crônica é grave e não tem cura. Ela promove uma lesão permanente no rim, comprometendo o funcionamento do órgão. Entretanto se a lesão for descoberta precocemente, é possível impedir a sua progressão, mas aqueles que têm pressão alta e diabetes precisam ficar ainda mais atentos. Os pacientes que perdem o rim precisam realizar a hemodiálise sistematicamente ou, em último caso, recorrer à fila do transplante”, alertou o urologista Márcio Rodrigues. 

Rodrigues reiterou ainda que “o ideal é que todas as pessoas estejam atentas aos fatores de prevenção por meio de hábitos saudáveis: prática de atividade física regular, controle da pressão alta e da diabetes, não fazer uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica, diminuir sal e aumentar a quantidade de água. Além disso, acima dos 40 anos, é necessário um acompanhamento médico constante para evitar que a doença se instale”. 

Na sequência, o nefrologista falou que o Dia Internacional do Rim é um dia que busca conscientizar a população para que todos possam viabilizar sistematicamente a prevenção. Durante sua fala, ele comentou que a maioria dos doentes renais crônicos têm entre 45 a 65 anos de idade e, deles, cerca dos 16% que chegam a hemodiálise infelizmente falecem. 

“No Brasil ainda é preciso estruturar uma linha de tratamento para os doentes renais crônicos, estabelecendo um único protocolo a ser seguido em todas as especialidades médicas. Ainda é necessário regulamentar o tratamento hospitalar executado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é uma luta da Sociedade Brasileira de Nefrologista para que todas essas diretrizes sejam seguidas para que o tratamento seja executado da melhor forma possível”, proclamou o especialista. 

Na oportunidade, o público pôde interagir diretamente com os profissionais, aproveitando o momento para esclarecer quaisquer dúvidas e ampliar seus conhecimentos acerca das possíveis prevenções, causas das doenças renais, sintomas, gravidade, diagnóstico e tratamento. Outros fatores abordados para os doentes crônicos foram a hemodiálise e o transplante de órgãos.

Sobre o dia Mundial do Rim 

O Dia Mundial do Rim é uma data importante e tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde renal e promover a prevenção de doenças relacionadas aos rins. Celebrado anualmente no dia 14 de março, essa data é marcada por diversas iniciativas ao redor do mundo, incluindo campanhas de conscientização, eventos educacionais e ações de saúde pública.

Durante o Dia Mundial do Rim, profissionais da área da saúde, organizações não governamentais e instituições médicas se unem para disseminar informações sobre a prevenção de doenças renais, os cuidados com a saúde dos rins e a importância do diagnóstico precoce.

Além disso, a data também serve como um momento para destacar os desafios enfrentados por pessoas que vivem com doenças renais crônicas, bem como para promover políticas de saúde voltadas para o acesso equitativo a tratamentos e cuidados renais em diferentes comunidades.