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Parlamento concede cidadania goiana a líder maçônico, em sessão solene itinerante proposta por Coronel Adailton

07 de Outubro de 2024 às 07:00
Crédito: Denise Xavier
Parlamento concede cidadania goiana a líder maçônico, em sessão solene itinerante proposta por Coronel Adailton
Sessão solene itinerante de entrega do Título de Cidadania Goiana ao senhor Jorge Luiz de Andrade Lins

Por iniciativa do deputado Coronel Adailton (Solidariedade), a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou na noite de sexta-feira, 4, sessão solene itinerante para entrega do Título de Cidadania Goiana a Jorge Luiz de Andrade Lins, que tem a denominação de soberano grande comendador da 1ª Inspetoria Litúrgica de Goiás, órgão representativo do Supremo Conselho da Maçonaria. A solenidade teve local na 1ª Inspetoria Litúrgica, localizada no Palácio Mauro Behring, no Setor Jaó, em Goiânia. Antes da solenidade, houve o descerramento do busto do homenageado em uma honraria concedida pela instituição.

Além do homenageado e de Adailton, tomaram assento à mesa diretiva o Grande Inspetor Litúrgico José Carlos Ferreira dos Santos e o Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás, Mário Martins de Oliveira Neto.

Ao iniciar a solenidade, Coronel Adailton fez cumprimento aos membros efetivos do Supremo Conselho e aos demais presentes. “É uma honra poder homenageá-lo com o Título de Cidadania Goiana. Dentro do nosso regimento interno, esse primeiro momento é reservado para o discurso do propositor da homenagem. Mas aqui não cabe discurso, pois estamos entre irmãos e cunhadas. Por isso farei apenas um breve relato”, declarou o parlamentar. Vale salientar que na ordem maçônica, os membros se tratam como "irmãos" e suas respectivas esposas como "cunhadas". 

Adailton apontou que, antes de ser deputado estadual ou coronel da Polícia Militar do Estado de Goiás, se reconhece como irmão maçom e que se orgulha de pertencer à Ordem. “Graças a Deus, quero continuar assim. Já recebi críticas para eu não revelar que sou maçom e que isso pode afetar, inclusive, na perda de parte do meu eleitorado, mas sempre fiz questão de dizer que sou maçom e não o deixaria de ser por nada.”

Ao homenageado, o legislador declarou que agora ele seria reconhecido pelos mais de 7 milhões de goianos, mas que além disso a homenagem era um ato sincero e de coração de todos os irmãos maçons. Adailton ressaltou que todos os irmãos maçônicos reconhecem a autoridade maçônica exercida por Jorge Luiz. “Não é à toa que o senhor está sendo homenageado. Quero dizer que, a partir de hoje, o senhor é o mais novo cidadão goiano, reconhecido pela maçonaria, pela Alego e pelo governador Ronaldo Caiado, além de toda a população goiana. ”

Por fim, o legislador falou sobre os colégios militares e investimentos feitos pelo Governo de Goiás para melhorias pedagógicas, em profissionalização de professores, infraestrutura dos colégios e disponibilização de uniformes, num movimento que contribui para a educação do Estado, número 1 no Índice de Educação Básica (Ideb) em 2023, feito pelo Ministério da Educação (MEC). Coronel Adailton também falou sobre a segurança pública estadual, que é referência para o Brasil.

Exemplo de cidadania

Na sequência, fez uso da palavra José Carlos Ferreira, que falou sobre a função que tem a Maçonaria de fortalecer as convicções de uma sociedade consciente e saudável. “O trabalho se inicia conosco. Temos que chamar para nós a responsabilidade e tentar melhorar, primeiro, a nós. É preciso que sejamos aquilo que esperamos dos outros. Precisamos ser exemplo de cidadania, de chefe de família e de outras atribuições. E assim a maçonaria contribui para que nós aprendamos algumas ferramentas, que para nem todos estão disponíveis, para alcançar  o autoconhecimento. É preciso se conhecer, conhecer suas falhas e então melhorar. A Inspetoria Litúrgica reforça esse trabalho, trazendo novas oportunidade de estudo e de autoconhecimento.”

Mário Martins também discursou e apontou que o momento era diferenciado, por receber Jorge Lins como cidadão goiano. “É um irmão merecedor do honroso título. Eu gostaria de dizer que nessa noite existe uma parceria entre a 1ª Inspetoria Litúrgica de Goiás com a Grande Loja Maçônica. Hoje, trabalhamos unidos e harmônicos, pautados e solidificados nos preceitos maçônicos e essa parceria seguirá por muito tempo. Gostaria de mencionar, ainda, ao Soberano, que em agosto nós tivemos a oportunidade de subir à tribuna do Congresso Nacional e lá foi falado da importância de exercer nossa cidadania e motivar a população, e refletimos se somos realmente merecedores de tal honraria.”

Ele apontou que o homem maçônico deve refletir sobre todas as coisas. “É preciso assumir uma figura de propósito, em honrar nossa Ordem, praticar os seus ensinamentos e transmitir esse conhecimento à nossa sociedade, e o irmão Jorge Linz é um irmão de propósito, trabalhando com amor e dedicação por todos à sua volta. Então, seja muito bem-vindo ao povo goiano, um povo que é muito acolhedor. Meus parabéns a todos”, declarou.

Lutas por direitos civis

Por fim, foi a vez do homenageado realizar seu discurso. Ele iniciou sua fala relembrando sua origem, paraibano de João Pessoa. "Na minha terra, queria fazer engenharia eletrônica, mas à época não tinha. Então, com 17 anos e meio, fui para o Rio de Janeiro.”

Ele contou também que, depois de formado, conheceu uma médica com quem é casado até os dias atuais. “Construí minha vida no Rio de Janeiro e depois de um tempo queria voltar para minha terra. Mas já não era mais possível, estava casado, com minha vida feita. E, lá no Rio de Janeiro, eu recebi o Título de Cidadão Carioca. E, agora, recebo o Título de Cidadania Goiana.”

Ele ressaltou que a Ordem Maçônica é antiga e lutou na defesa dos direitos civis. Disse que, se antes os maçons tinham por objetivo construir catedrais, em algum momento a Ordem passou a construir e edificar os seres humanos, a partir dos mais diversos movimentos em prol do cidadão.

"E ser cidadão é ter direitos civis e, ainda, a liberdade de pensamento e consciência de expressão, o que também um preceito maçônico, como fraternidade e amor. A Maçonaria só foi possível após grandes batalhas, como a Guerra Civil Americana, Revolução Francesa e a própria Independência do Brasil, para que fosse possível imperar a fraternidade entre os povos. A Maçonaria surgiu para defender os interesses da população. Após alguns anos, o inimigo é outro, mas a luta é a mesma. Mantemos a chama acesa, nessa árdua missão em prol da sociedade. Muito obrigado”, encerrou o novo cidadão goiano.

Agência Assembleia de Notícias
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