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Dança de salão pode se tornar patrimônio cultural goiano

25 de Fevereiro de 2025 às 07:39

Em projeto protocolado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado Veter Martins (UB) propõe a declaração da dança de salão como patrimônio cultural imaterial goiano.

Segundo alega o parlamentar, seu projeto tem como objetivo reconhecer, oficialmente, essa manifestação cultural que, trazida pelos europeus, é praticada há mais de 200 anos no Estado. “Desde os tempos do Império, em todos os salões da corte, até os dias de hoje, fonte de lazer e arte, em festas, reuniões e salões da nossa sociedade. É, pois, um patrimônio vivo, dinâmico e bem cultural intangível da sociedade."

O deputado cita, na justificativa da matéria, que a dança de salão ou dança social se enquadra nas definições de patrimônio cultural imaterial, tanto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), quanto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

No texto, Veter Martins também traça um histórico dessa modalidade no Brasil, até a chegada no Estado de Goiás, há décadas passadas. Ele lembra que esse tipo de manifestação popular acontecia, tanto na Capital quanto nas cidades do interior, nas festas dedicadas aos santos padroeiros e até nas zonas rurais. “Portanto, essa manifestação cultural é uma das mais tradicionais e fortes características culturais brasileiras. É uma expressão alegre e espontânea de seu povo, com seus ritmos e formas de dançar próprios, que despertam a atenção e a admiração dos turistas estrangeiros.”

Além dos aspectos histórico e cultural, o legislador também cita os benefícios para a saúde proporcionados pela dança de salão, como o aumento na capacidade de fixação do cálcio nos ossos e, consequentemente, a prevenção da osteoporose, a correção da postura, a melhora da circulação sanguínea, o combate ao sobrepeso, a redução na pressão arterial, entre vários outros. Segundo ele, pesquisas comprovam ainda que a prática auxilia na prevenção e no tratamento de doenças emocionais, desenvolve o sistema circulatório e pode ser excelente para evitar e reabilitar pessoas com Alzheimer.

“Portanto, constitui um instrumento de política de saúde pública. Investir na dança de salão é priorizar a atividade física, saúde física e mental e integração social, por tratar-se de uma terapia de grupo, acima de tudo”, argumenta o deputado.

A proposta tramita na Casa com o número 3445/25 e já foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que vai designar um relator para analisar a proposta e elaborar o parecer. 

Agência Assembleia de Notícias
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