Ao fazer uso da palavra durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 14, o deputado Amilton Filho (MDB) comentou, na tribuna, sobre uma operação integrada da Polícia Civil (PCGO) com a Polícia Militar (PMGO) ocorrida na cidade de Cristalina que resultou na prisão de pessoas envolvidas na exploração ilegal de minérios. A fala ocorreu durante o Pequeno Expediente.

Na ocasião, o parlamentar chamou atenção para a relevância do debate. Segundo Amilton Filho, o exercício do garimpo em Cristalina se confunde com a história da cidade, e observou que o próprio nome do município e a sede do Poder Executivo municipal remetem aos cristais.

O legislador comentou que, nos últimos meses, um minério pouco explorado passou a ser objeto de grande cobiça e valorização, sobretudo pelo uso em adornos no mercado chinês. “Toda a história de Cristalina permeia o desenvolvimento do garimpo na cidade. E, nos últimos meses, um minério que não era tão observado passou a ter um valor muito grande pela valorização que essa matéria adquiriu na China”, afirmou.

Amilton Filho defendeu a regulamentação da mineração no município e afirmou que a maioria dos presos na operação são trabalhadores, que têm na extração de minérios sua única fonte de renda. “Pessoas da cidade, as vezes pedreiros, serventes ou até mesmo pessoas que, no passado, trabalhavam com garimpo, passaram a explorar esse minério, até mesmo de forma artesanal. Esse minério era um subproduto, eram restos. Por isso, precisamos buscar maneiras de legalizar essa extração”, destacou.

O parlamentar ressaltou os entraves legais referentes ao tema e pontuou que os envolvidos são trabalhadores de bem e que não houve a movimentação de grandes valores financeiros. “Pessoas que estavam com suas picaretas, e não maquinários modernos. Tanto que, após a prisão, a maioria não tinha recursos para pagar sequer um advogado. Então, não podemos confundir esses senhores com bandidos. Temos que entender a importância da mineração para a cidade de Cristalina e estar ao lado dessas pessoas, que precisam desse exercício para sobreviver”, encerrou.