A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou, na noite dessa quarta-feira, 14, a mesa de abertura do evento em comemoração ao Dia do Assistente Social, celebrado anualmente em 15 de maio. O evento integra a programação da 40ª Semana do Assistente Social, que seguirá até esta sexta-feira, 16, com o tema “Emergências ambientais e a intervenção profissional: desafios para o serviço social em tempos de colapso climático”.

O encontro dessa noite contou, ainda, com a presença do deputado Mauro Rubem (PT), que destacou que o momento é oportuno para falar sobre crise climática, meio ambiente e desigualdade: “Estamos em um momento em que há uma forte ideologia invadindo mentes e corações e levando pessoas a serem negacionistas, a retrocederem. Estamos nesse período, mas é nele que ficamos felizes e animados em vermos que a assistência social coloca, no centro, o debate principal da humanidade, a desigualdade e os cuidados que precisamos ter com a mãe terra. Estamos enfrentando o que tem de pior.”

O parlamentar falou sobre a importância de lutar pela redução da escala de trabalho, o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda e a necessidade de taxação para pessoas de alto poder aquisitivo. Por fim, Rubem discorreu sobre a importância de debater as questões climáticas, sobretudo no ano em que a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima (COP30) ocorre no Brasil, e sugeriu que se crie um bosque com o plantio de 70 mil árvores em memória à população palestina assassinada no conflito que ocorre na Faixa de Gaza.  

Além do parlamentar, o encontro contou a presença de Sueli Almeida Neves Sousa, presidente do Conselho Regional de Serviço Social (Cress), da 19° região; Adriana Soares Dutra, conselheira representante do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS); Sandra de Farias e Nayla Milena, representantes da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss); Luís Augusto Vieira, coordenador do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Goiás; Edar Jessie, representando da coordenação do Curso de Serviço Social da FacUnicamps; e a assistente social Rosana Santana, que mediou o debate.

Ao fazer uso da palavra, a presidente do Cress, Sueli Almeida, afirmou ter a plena convicção de que o serviço social é a luta coletiva, organização e resistência. “Assistentes sociais têm a alegria de estar na trincheira das desigualdades sociais, pois atuamos nos maiores níveis de desigualdades. É preciso repensar a lógica destrutiva que o capital instaura e trazer uma esperança de que é possível, com um formato novo e leve, onde a humanidade não seja roubada”, encerrou.

Ao término da fala, ela declarou oficialmente aberta a semana.