Indústria têxtil amplia produção e gera mais empregos em Goiás
A Cia Hering inaugurou, 20 de outubro, mais uma unidade fabril em Goiás: fica na cidade de Santa Helena, no Sudoeste goiano, vai gerar cerca de 450 empregos e fará a costura de parte da produção da empresa. A inauguração teve a presença do governador Alcides Rodrigues. Mais um tento para a prefeita Raquel Rodrigues, que realiza um trabalho extraordinário naquela cidade.
Com a novidade, a Hering passa a ter seis unidades fabris em Santa Catarina, três em Goiás e uma no Rio Grande do Norte. A expansão está diretamente relacionada ao bom momento da empresa de Blumenau, e a escolha da cidade, à disponibilidade de mão de obra e logística.
Acompanhei também a visita do presidente-executivo da Hering, Fábio Hering, a Goianésia, no Vale do São Patrício. Na oportunidade, o presidente assinou com o prefeito Gilberto Naves, no qual a empresa se compromete a ampliar suas instalações até o final de 2010. De acordo com a meta da Hering e da prefeitura, o número de funcionários passará dos atuais 211 para 400.
O secretário da Segurança Pública, Ernesto Roller, e o superintendente do Sistema de Execução Penal de Goiás, Edílson de Brito, estiveram este ano na cidade de Blumenau, em Santa Catarina. Eles apresentaram à direção da Cia.Hering do Brasil proposta de ampliação da parceria da empresa com o sistema prisional goiano, no sentido de implantar nove novos polos de trabalho, que vão possibilitar a contratação de até 400 presos.
A Hering é parceria da administração penitenciária goiana desde 2004, quando instalou uma fábrica no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (o trabalho atualmente é desenvolvido dentro da Casa de Prisão Provisória do Complexo) e outra no presídio de Anápolis, em 2006. Em Anápolis, a fábrica já passou por duas ampliações, e funciona em um galpão de quase 300 metros quadrados.
As atividades dos presos são de etiquetagem e embalagem das roupas. Mas, até julho, a expectativa é de que as malhas passem por todas as fases de produção dentro dos presídios. Todo trabalho é supervisionado pelo controle de qualidade da Hering. Os presos beneficiados com a parceria são qualificados para a função e treinados de acordo com os padrões de profissionalização da empresa.
Para atender a nova demanda, que será resultado da ampliação das atividades da Hering, o Centro de Seleção da Superintendência do Sistema de Execução Penal (Susepe) começou a selecionar os presos que irão trabalhar nos novos polos. São observados o perfil profissional, disponibilidade, necessidade de renda e interesse.
De acordo com o superintendente, Edílson de Brito, a Hering já sinalizou concordância em atender a proposta da Segurança Pública de Goiás na instalação de fábricas da indústria dentro dos presídios sede das oito regionais da Susepe, além de outra no presídio de Trindade e ampliação da já existente na CPP de Aparecida de Goiânia.
Edílson de Brito adianta que a ampliação da parceria com a Hering servirá de base para a implantação em Goiás de um novo procedimento de segurança em unidade prisional. Serão instalados nos oito presídios sede das regionais e na CPP de Aparecida de Goiânia, o Módulo de Respeito, usado em presídios da Espanha. A experiência espanhola foi conferida pelo superintendente Edílson de Brito e trazida como modelo para o Estado.
A história da Cia Hering, há mais de 128 anos, une-se de forma inseparável à história dos Herings, uma família de imigrantes alemães que, como tantas outras que vieram fazer a América, acabaram por escrever importante capítulo do desenvolvimento industrial do Vale do Itajaí e do Estado de Santa Catarina.
Tudo começou na distante Hartha na Alemanha. Hermann Hering ouvira falar de uma colônia fundada em 1850 pelo dr. Blumenau em Santa Catarina. Homem empreendedor, Hermann aportou na nova colônia em 1878, deixando a família aos cuidados do irmão Bruno Hering.
Em 1880, Hermann compra um tear circular, um caixote de fios e escreve à esposa Minna pedindo que ela encaminhe ao Brasil seus filhos mais velhos, Paul e Elise e seu irmão Bruno. Os primeiros tempos foram difíceis, mas os Herings nunca desanimaram.
Tem início a produção na pequena tecelagem “Trikotwaren Fabrik Gerbruder Hering” numa casa na atual Rua 15 de Novembro, na cidade de Blumenau. Assim nasce a Indústria Têxtil Companhia Hering.