Em reunião com dirigentes, José Vitti discute investimentos na Celg
O líder do Governo na Assembleia, José Vitti (PSDB), participou de uma reunião nessa quinta-feira, 27, com dirigentes da Celg para tratar do apoio político do Parlamento em iniciativas que permitam à empresa retomar os investimentos em energia Elétrica. O encontro aconteceu no Gabinete da Presidência e contou com a presença do chefe do Legislativo goiano, Helio de Sousa, e parlamentares da base do governador Marconi Perillo (PSDB).
Estiveram na reunião o presidente da Celg D, Sinval Zaidan Gama, o presidente da Celg GT, José Fernando Navarrete Pena, o vice-presidente da Celg GT, Bráulio Afonso Morais, o diretor-técnico da Celg D, Humberto Eustáquio, e o diretor de Regulação, Elie Chidiac.
O presidente Helio de Sousa disse que o objetivo da reunião era buscar o apoio político da Assembleia Legislativa para defender as matérias de interesse da Celg. Para o democrata, que presidiu a CPI da Celg em 2009, iniciativas que permitam à companhia retomar os investimentos são bem-vindas.
O líder do Governo, deputado José Vitti, afirmou que a retomada dos investimentos da Celg é fundamental para o setor produtivo. De acordo com ele, a base aliada do Governo deverá se empenhar para dar o respaldo político necessário à aprovação da Medida Provisória que permitirá reduzir o impacto de dívidas da empresa.
O presidente da Celg GT, Fernando Navarrete, explicou que a Medida Provisória nº 675 iria permitir que a dívida que a companhia tem com o consórcio responsável por Itaipu fosse atualizada em parâmetros melhores. De acordo com ele, a dívida deixaria de ser atualizada em dólar e passaria a ser regida pela Selic.
“Essa é hoje a maior dívida da Celg, na casa de R$ 1,3 bilhão. A dívida está atrelada ao dólar e com reajuste de 1% ao mês. A Medida Provisória permitiria que fosse utilizada a cotação do dólar em janeiro de 2015, de aproximadamente R$ 2,69, o que reduziria o montante em mais ou menos R$ 400 milhões. A variação cambial tem dificultado a realização de investimentos pela Celg. Mas a emenda que permitia essa mudança foi retirada do texto da MP, mas deve ser aproveitada em outra matéria, que poderá ser apreciada nos próximos dias”, afirmou Fernando Navarrete.
O presidente da Celg D, Sinval Gama, afirmou que hoje a Celg busca o equilíbrio entre custo de manutenção, investimento e amortização das dívidas. Segundo ele, a dívida com o Consórcio de Itaipu é a maior dívida da companhia.
“Precisamos equacionar a saúde financeira da empresa com os investimentos. Precisamos do apoio dos deputados para conseguir aprovar o reajuste da dívida da empresa, atrelando-a à taxa Selic, e não ao dólar. Com a redução da dívida, poderemos ampliar os investimentos de maneira significativa”, afirmou Sinval Gama.