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Presidente e diretora do CEVAM informam à CPI sobre o atendimento de crianças

02 de Setembro de 2015 às 11:16

A CPI da Violação de Direitos da Criança e Adolescente acaba de encerrar a oitiva com representantes do Centro de Valorização da Mulher - CEVAM. Os depoimentos foram colhidos na manhã desta quarta-feira, 2, no Auditório Solon Amaral.

A presidente do CEVAM, pedagoga Maria Cecília Machado, fez críticas aos abrigos para crianças e adolescentes ligados à Prefeitura de Goiânia, afirmando que crianças e adolescentes chegam à estas ONGs, fazem denúncias e nada acontece. “É uma vergonha, a criança chega e sai como quer, voltando para a situação de abuso e de rua em que estava antes”, comentou.

Ela revelou que há registro de uma criança de 10 que sofreu abuso sexual por parte do pai e que desta relação nasceu uma criança. “Esta menina fez a denúncia, que foi encaminhada às autoridades, e até agora nada foi feito”, disse.

Para a presidente, o serviço SOS Criança não tem apresentado resultados práticos. A unidade integra, com a Casa das Flores e a Casa 24 Horas, a instituição Sociedade Cidadã, que atende atualmente crianças, adolescentes e adultos em situação de rua, oferecendo ajuda para que essas pessoas consigam “sair” das ruas. O trabalho, que é mantido pela Prefeitura de Goiânia, é feito por educadores sociais, psicólogas, assistentes sociais, pedagogos e psicopedagogos.

De acordo com a conselheira do CEVAM, Maria das Dores, Dolly Soares, o investimento da Prefeitura no Centro é quase zero. Ela pediu aos deputados ajuda para superar a burocracia que impede a entidade de celebrar convênios para financiar seus programas, inclusive com novas políticas públicas.

Logo após o depoimento das dirigentes do Cevam, os trabalhos da Comissão foram suspensos por alguns minutos para aguardar a chegada do terceiro depoente, o delegado de Piracanjuba, Vicente de Paulo, que estava a caminho da Assembleia.

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