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Deputado Antônio Gomide defende valorização da UEG e cobra aprovação de plano de carreira para técnicos administrativos

O deputado estadual Antônio Gomide (PT) reforçou, em entrevista ao Programa São Francisco News, da Rádio São Francisco, seu compromisso com a valorização da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da UEG na Assembleia Legislativa, o parlamentar destacou a importância da instituição para o desenvolvimento do estado e para o acesso à educação superior por parte da população mais pobre, especialmente nas cidades do interior.
“A UEG tem presença em 37 municípios com 39 unidades. É uma universidade pública que oferece oportunidades a quem não teria condições de pagar uma faculdade particular. É por isso que lutamos pela sua valorização, com autonomia e recursos adequados”, afirmou Gomide.
Depois da aprovação, em 2024, do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) dos docentes da universidade — que incluiu, entre outros avanços, o regime de dedicação exclusiva — o foco da Frente Parlamentar é garantir a aprovação de um plano semelhante para os servidores técnico-administrativos da UEG.
Segundo Gomide, o projeto ainda está em fase de construção e depende da articulação entre o Governo de Goiás, a Assembleia e a própria universidade. “Os professores já avançaram com o plano, agora é a vez dos técnicos. Sem eles, a universidade não funciona. É uma questão de justiça e equilíbrio para toda a instituição”, defendeu.
O deputado ressaltou que a proposta vem sendo discutida com as categorias e será formalizada para votação na Casa Legislativa. A medida visa oferecer progressão de carreira, valorização salarial e estabilidade funcional aos servidores.
Autonomia financeira e fortalecimento institucional
Outro ponto de pauta defendido por Antônio Gomide é a retomada da autonomia financeira da UEG. Ele criticou a redução do repasse constitucional de 2% da receita do Estado — valor que foi retirado da Constituição goiana em 2019. Segundo o parlamentar, caso o percentual estivesse mantido, a universidade teria hoje um orçamento superior a R$ 800 milhões.
Atualmente, recebe menos de R$ 500 milhões.
“Esse corte compromete a capacidade de expansão da UEG, que poderia ter mais cursos, mais vestibulares, mais concursos públicos. A universidade precisa de autonomia para planejar seu futuro sem depender de decisões políticas de governo. Governo passa, universidade fica”, destacou.