O deputado estadual Jamil Calife (PP) protocolou, nesta última quinta-feira, 04, um projeto de lei que concede ao município de Catalão o título de Capital Estadual das Terras Raras. A proposta busca reconhecer a importância estratégica da cidade na exploração e desenvolvimento tecnológico ligado a esses minerais, considerados essenciais para setores de alta tecnologia e para a transição energética mundial.

Na justificativa, Calife destaca que Catalão é detentora da maior jazida de terras raras do Brasil, com reservas estimadas em 119 milhões de toneladas, número superior às da própria China, que hoje domina 97% da comercialização mundial. “Catalão tem um papel fundamental não só para Goiás, mas para o Brasil e para o mundo. Esse reconhecimento é uma forma de valorizar a vocação natural do município e abrir caminhos para investimentos, inovação e geração de empregos qualificados”, afirmou o parlamentar.

As terras raras, um grupo de 17 elementos químicos, são insumos estratégicos utilizados em áreas como energia renovável, telecomunicações, equipamentos médicos, satélites, indústria automotiva e defesa. Com parcerias já firmadas entre o Governo de Goiás, a Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e empresas internacionais, o município deverá abrigar o maior centro de referência em terras raras do país, consolidando-se como polo científico e tecnológico.

Segundo Jamil Calife, a aprovação do projeto também tem impacto direto na promoção da cidade. “Trata-se de uma medida que fortalece a identidade de Catalão, estimula políticas públicas e fomenta parcerias público-privadas. Além disso, projeta o município no cenário internacional como referência em inovação, ciência e sustentabilidade”, completou.

O deputado reiterou ainda seu compromisso com o desenvolvimento regional: “Catalão já é conhecida como um dos maiores polos minerais de Goiás e tem tudo para se tornar protagonista na economia global de alta tecnologia. O título de Capital Estadual das Terras Raras é um passo simbólico e estratégico para essa consolidação”.

Agora, a proposta segue para análise e votação na Assembleia Legislativa de Goiás.