Em defesa da agricultura sustentável, o deputado Paulo Cezar Martins (PL) realizou audiência pública nos municípios de Itarumã e Caçu, no fim de semana.

Com a presença do engenheiro civil e empreendedor Marcelo Borba, foram debatidos os temas segurança alimentar, renda e restauração ambiental. Em tempos de mudanças climáticas, produtores rurais, assentados e integrantes do agronegócio debateram a escassez de recursos hídricos e a degradação dos solos, além de alternativas para o manejo sustentável das propriedades rurais.

“Nós estamos plantando uma semente. A ideia é disseminar a importância de produzir alimentos de forma sustentável”, disse Paulo Cezar, que colocou-se à disposição dos produtores para apoiar projetos baseados na agrofloresta.

Paulo Cezar Martins enfatizou a importância de debater o tema e o motivo de realizá-lo nos municípios, por meio de audiências públicas. “É necessário aplicar as políticas públicas já existentes, para construir novas alternativas de produção sustentável”, disse.

Em Itarumã, a audiência pública foi realizada por reivindicação do prefeito Luiz Henrique e, em Caçu, atendendo a pedido do ex-prefeito Walter Júnior.  

O idealizador do projeto, Marcelo Borba, ressaltou que no agro é preciso ter uma cultura de vida, trabalhar em sintonia com o fluxo natural do planeta e usar os princípios da natureza, da floresta, trazendo isso para a agricultura.

Borba dividiu a sua experiência nas áreas de construção e gestão de shoppings centers. Ele detalhou como foi a construção do Goiânia Shopping e a transformação da região, resultando na criação do Parque Vaca Brava.

“Compartilho hoje uma experiência pessoal, pois ela também permeia nossa atuação atual. Somos empreendedores do Goiânia Shopping. Iniciamos o projeto em 1992. Idealizamos o shopping e o córrego Vaca Brava que atravessava a área teve o terreno preparado para o plantio de árvores. Participei ativamente do plantio, e mobilizamos a cidade para concretizar o projeto, em parceria com a prefeitura da época. Buscamos a prefeitura para, além de revitalizar nossa área, também transformar a área do Vaca Brava, que apresentava uma condição inadequada naquela época”, historiou Borba.

O empresário, que lidera outros projetos ambientais, mostrou a transformação que acontece nas áreas onde existem agroflorestas. “Os benefícios são ambientais e sociais. Como a recuperação de áreas degradadas e aumento da fertilidade do solo, a diversidade de espécies garante equilíbrio ecológico, há geração de empregos e renda no meio rural, entre outros”, arrematou.