Corporação Musical Santa Cecília

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realizou sessão especial em comemoração aos 150 anos da Corporação Musical Santa Cecília de Jaraguá. Por iniciativa do presidente da Casa, deputado Lissauer Vieira (PSB), que ficou impossibilitado de comparecer ao evento em virtude do falecimento de sua sogra, a solenidade teve lugar no plenário Getulino Artiaga, na noite desta terça-feira, 3.
Na ocasião, foi concedida a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira a membros e músicos ligados à Corporação, como forma de agradecimento pelo serviço prestado à sociedade goiana.
Compuseram a mesa diretiva, além do deputado Vinicius Cirqueira (Pros) que presidiu os trabalhos: o chefe de gabinete da Governadoria, Paulo Vitor Avelar, representando o governador Ronaldo Caiado (DEM); o presidente da Câmara Municipal de Jaraguá, vereador José Roberto Moreira; o assessor especial da Governadoria, Lineu Olímpio; o presidente da Juceg, Euclides Barbo Siqueira; o coordenador geral da Associação dos Defensores do Patrimônio Histórico e Cultural de Jaraguá, Ramissés Roberto Soares; e o presidente da Corporação Musical Santa Cecília de Jaraguá, Paulo Antônio Gonçalves.
Da tribuna, o chefe de gabinete da governadoria, Paulo Vitor Avelar, proferiu discurso em nome do governador Ronaldo Caiado. Após os cumprimentos às autoridades presentes, Paulo Victor disse que a trajetória da instituição homenageada se confunde com a história da própria cidade de Jaraguá.
“Em toda minha história de vida não houve sequer um momento em que a banda Santa Cecília não fizesse parte. Temos a banda como integrantes de nossas famílias. Não conheço ninguém que não se emocione ao ouvir o famoso galope das cavalhadas”, reverenciou Avelar, que deixou seus cumprimentos especiais aos maestros que conduzem a corporação, Joaquim Nascimento e Paulo Antônio Gonçalves. “Vocês têm construído um maravilhoso legado para o povo de Jaraguá e de Goiás”, agradeceu.
O chefe de gabinete, que reconheceu as dificuldades pelas quais passam as políticas públicas de Cultura no estado, também aproveitou a ocasião para anunciar o processo de tombamento cultural da corporação Santa Cecília como patrimônio imaterial do Estado de Goiás.
Agradecimentos
O coordenador geral da Associação dos Defensores do Patrimônio Histórico e Cultural de Jaraguá, Ramissés Roberto Soares, também proferiu discurso, destacando o fato da existência ininterrupta da Corporação, nesses 150 anos, sempre aceitando os desafios e chamamentos dos dirigentes, principalmente ao realizar os eventos relacionados à comemoração de sua existência, como por exemplo, um baile de gala para mais de 400 pessoas.
O coordenador explicou que esse baile foi uma comemoração com o objetivo de arrecadar recursos para pagamento do salário de maestros e professores, além de tentar manter a instituição sem tempo determinado.
“Nós acreditamos que um povo que não conhece seu passado não é capaz de entender o seu presente e nem planejar o futuro. Jaraguá vive hoje uma situação ímpar, onde temos a banda mais antiga do Estado de Goiás, e também a mais jovem, a Banda Lira Jaraguense, com nove anos de sobrevivência”, destacou Ramissés.
Por fim, deixou seus parabéns à Corporação Musical Santa Cecília e disse que eles, da Associação dos Defensores do Patrimônio Histórico e Cultural de Jaraguá, reafirmam seu compromisso de lutar pela manutenção e preservação desse patrimônio físico e estrutural.
Em nome de todos os integrantes da corporação, Joabe Santos foi à tribuna para agradecer ao presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Lissauer Vieira (PSB), autor da proposta de sessão especial, pela homenagem.
Joabe elencou fatos sobre a história da instituição, que, segundo ele, é uma das mais antigas de Goiás ainda em funcionamento. “Celebramos os 150 anos de tradição musical em Jaraguá, tendo na centenária banda Santa Cecília sua maior representante. Nossa corporação musical se orgulha por ter capacitado grandes músicos e talentos jaraguenses. A filosofia de nossas aulas de música não visa apenas à formação de músicos que leem partituras, mas sim de cidadãos de bem, conscientes de seus direitos e deveres, na construção de uma sociedade justa e próspera”, destacou o integrante da banda.
Já o advogado Divino Diogo declamou um poema dedicado à comunidade de Jaraguá. Antes disso, ele falou da sua honra em participar dessa homenagem à corporação musical, uma vez que seu avô foi um dos precursores da banda. “Isso mostra que a cultura de Jaraguá está representada por pessoas que cultivam o retrospecto histórico da cidade, não deixando a música esmorecer nos nossos dias”, enfatizou.